Parentes de reféns do Hamas invadem sessão do Parlamento israelense
Segundo protesto do tipo no dia ocorre após manifestação em frente à casa de Netanyahu; cerca de 130 pessoas continuam detidas em Gaza
Um grupo de familiares dos reféns do grupo terrorista palestino Hamas, ainda detidos na Faixa de Gaza, invadiu uma sessão parlamentar em Jerusalém nesta segunda-feira, 22, exigindo que os legisladores se esforcem mais para tentar libertar os parentes sequestradas há mais de três meses.
Uma das manifestantes exibiu as fotografias de três familiares que estavam entre os 253 reféns detidos quando o Hamas atacou Israel, em 7 de outubro, quando cerca de 1.200 pessoas também foram mortas.
De acordo com autoridades israelenses, ainda há cerca de 130 cativos em Gaza. Outros 105 foram trazidos para casa durante um acordo de cessar-fogo de uma semana em novembro.
Durante a sessão da comissão de finanças do Knesset, o Parlamento de Israel, manifestantes ergueram cartazes com dizeres como: “Você não vai ficar sentado aqui enquanto eles morrem lá”. O grupo entoou cânticos como: “Solte-os agora, agora, agora!”.
Segundo protesto do dia
A invasão ocorreu depois que parentes e apoiadores de reféns detidos pelo Hamas em Gaza se reuniram em frente à casa do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém, na noite de domingo 21. O grupo armou tendas e barracas e demandou que o governo fizesse um acordo urgente para garantir a libertação dos familiares.
Os protestos intensificam a pressão sobre o premiê, que já rejeitou um possível acordo com base no que ele disse ser as “condições do Hamas” para uma nova rodada de solturas. As exigências do grupo incluem o fim da guerra e a permissão para que o Hamas continuem no poder em Gaza.
“Se aceitarmos isto, os nossos soldados terão caído em vão” e a segurança não seria garantida, disse Netanyahu em declaração televisionada.
Em entrevista à agência de notícias AFP, o pai de um refém, Gilad Korenbloom, demandou que o governo voltasse à mesa de negociações mesmo assim.
“Pedimos ao nosso governo que ouça, que se sente à mesa de negociações e decida se aceita este acordo ou qualquer outro que seja adequado a Israel”, afirmou Korenbloom.
John Polin, também pai de um refém, disse que os israelenses serviram o seu país e em troca “esperamos que o governo garanta a nossa segurança”.
“Pedimos ao governo que desempenhe o seu papel, que proponha um acordo, que o conclua com êxito e que traga de volta vivos os reféns restantes”, exigiu Polin.