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Fonte que revelou ‘Panama Papers’ se pronuncia pela 1ª vez

Responsável pelos vazamentos do escritório panamenho Mossack Fonseca não revelou sua identidade, mas disse que 'nunca trabalhou para um governo ou serviço de inteligência'

Por Da Redação
6 Maio 2016, 21h50

A fonte anônima responsável pelo vazamento dos Panama Papers se pronunciou pela primeira vez desde a revelação dos documentos, no início de abril. Os dados revelaram informações sobre o funcionamento de empresas em paraísos fiscais e quantias enormes de dinheiro pertencentes a políticos, empresários, jogadores de futebol e famosos do mundo todo, inclusive do Brasil.

Em uma declaração divulgada nesta sexta-feira, a fonte, apelidada de “John Doe” (nome geralmente usado para preservar a identidade de uma pessoa), ofereceu ajuda às autoridades que investigam os casos desde que os denunciantes “tenham imunidade contra represálias dos governos”. “Eu estou disposto a cooperar com a aplicação da lei até onde for capaz”, escreveu.

No texto, o qual a fonte chamou de seu “manifesto”, “John Doe” criticou a inércia política, da Justiça e dos meios de comunicação diante dos paraísos fiscais. Ele ainda afirmou que “a próxima revolução será digital”, se referindo à ideia de que a internet pode combater o acesso desigual à informação, problema que, segundo ele, é a chave de um sistema capitalista distorcido “que se aproxima de uma escravidão econômica”.

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“John Doe” não deu pistas sobre a sua identidade, limitando-se a dizer que “não trabalha nem nunca trabalhou para um governo ou serviço de inteligência, seja diretamente ou como consultor”. Segundo ele, a decisão de revelar os documentos do escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca foi tomada porque ele percebeu “a magnitude das injustiças” provocadas pela corrupção.

A fonte acusa Mossack Fonseca de usar “sua influência para escrever e torcer as leis em todo o mundo em favor dos interesses criminais por décadas”. “Por 50 anos, os ramos executivo, legislativo e judiciário do poder em todo o mundo falharam completamente em tratar as metástases dos paraísos fiscais, atingindo cidadãos de baixa e média renda, e não os ricos”, escreveu.

Os vazamentos incluem 11,5 milhões de documentos de quase quatro décadas da Mossack Fonseca, especializada em criar e gerir empresas em paraísos fiscais, com informação de mais de 214.000 offshores em duas centenas de países e territórios. As informações foram passadas para o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), em parceria com 109 veículos de imprensa de 76 países.

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O vazamento desencadeou a abertura de muitas investigações em todo o mundo e levaram o primeiro-ministro islandês e um ministro espanhol a renunciar.

(Com AFP)

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