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Após revelação de offshore, primeiro-ministro da Islândia anuncia renúncia

O premiê foi a primeira grande vítima do caso Panama Papers, que tornou públicos documentos sobre empresas em paraísos fiscais

Por Da Redação
5 abr 2016, 14h12

O primeiro-ministro islandês, Sigmundur David Gunnlaugsson, renunciou ao cargo, dois dias após a divulgação dos Panama Papers, que o vinculam a uma empresa em um paraíso fiscal. O ministro da Agricultura da Islândia, Ingi Johannsson, anunciou a renúncia de Gunnlaugsson nesta terça-feira, em declaração à rede estatal de televisão e rádio RUV.

A decisão foi tomada durante reunião de seu Partido Progressista, informou a imprensa local, horas depois de o chefe do governo ter pedido a dissolução do Parlamento ao presidente do país, Ólafur Ragnar Grímsson. Gunnlaugssonn continuará à frente do partido, que indicou Johannsson como novo primeiro-ministro.

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Após o vazamento dos documentos que provaram que o primeiro-ministro e sua esposa, Sigurlaug Pálsdóttir, criaram uma empresa offshore nas Ilhas Virgens Britânicas em 2007, Gunnlaugsson avisou que não iria renunciar. Mais de 10 mil pessoas se reuniram no centro de Reykjavík em um protesto na segunda-feira exigindo que o político deixasse o cargo.

De acordo com os Panama Papers, Gunnlaugsson e Sigurlaug eram donos de uma empresa chamada Wintris, onde foram depositados quase 4 milhões de dólares (14,6 milhões de reais) em títulos dos três principais bancos islandeses que entraram em colapso na crise de 2008. Gunnlaugsson entrou no Parlamento islandês em 2009, e, no fim daquele ano, vendeu sua metade de participação na Wintris para sua esposa por 1 dólar, poucos dias antes de entrar em vigor uma nova lei na Islândia que o obrigaria, sendo membro do Parlamento, a declarar que a propriedade da empresa representava conflito de interesses. O primeiro-ministro insistiu que em nenhum momento o casal fez uso dessa companhia para evitar pagar impostos na Islândia.

Gunnlaugsson assumiu em 2013, com o apoio do Partido da Independência, cujo líder, Bjarni Benediktsson, atual ministro das Finanças, também aparece nos Panama Papers. O vazamento tornou públicos 11,5 milhões de documentos que envolvem 140 personalidades com empresas em paraísos fiscais. Eles foram divulgados por diversos veículos de imprensa internacionais e pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ).

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(Da redação)

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