Fome na África: 40.000 pessoas buscaram ajuda em julho
A seca que afeta os países do Chifre da África - a pior dos últimos 60 anos - provoca uma onda de fome na região e ameaça 12 milhões de pessoas
Cerca de 40.000 pessoas afetadas pela seca e fome que assolam o Chifre da África chegaram a Mogadíscio, capital e maior cidade da Somália, e arredores em busca de água e comida desde o início de julho. A informação foi fornecida por uma porta-voz do Alto Comissionado da Organização das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), nesta terça-feira.
“Aproximadamente outras 30.000 chegaram a acampamentos situados a 50 quilômetros do centro da capital”, afirmou Vivian Tan, estimando que, no total, cerca de 100.000 pessoas buscaram ajuda em Mogadíscio pelas mesmas razões nos últimos dois meses.
A seca que afeta os países do Chifre da África, a pior dos últimos 60 anos, provoca uma onda de fome e ameaça 12 milhões de pessoas na Somália, assim como as populações do Quênia, Djibuti, Sudão e Uganda.
Ajuda emergencial – Enquanto isso, algumas mobilizações ocidentais para enviar ajuda humanitária à região já começam a funcionar. A ponte aérea que levará alimentos à população do Chifre da África, por exemplo, começa a operar nesta terça-feira, conforme anunciou a diretora do Programa Mundial de Alimentos (PMA), Josette Sheridan.
A diretora do PMA tinha afirmado, há poucos dias, que organizaria esta ponte aérea para fornecer alimentos à população e especialmente às crianças. Os aviões com a ajuda alimentar devem chegar a Mogadíscio, à cidade etíope de Dolo, que fica na fronteira com a Somália, e a Wajir, no norte do Quênia.
(Com agência France-Presse)