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Fome atinge quase 26 milhões de adultos nos Estados Unidos

Fim do auxílio emergencial e reimposição de medidas de confinamento levou um em cada oito americanos à falta de alimentos na última semana

Por Da Redação
Atualizado em 26 nov 2020, 14h46 - Publicado em 25 nov 2020, 17h03
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  • A crise econômica desencadeada pelo novo coronavírus continua a fazer estragos nos Estados Unidos . Em novembro, o número de americanos que relatam não ter acesso a comida atingiu um recorde: quase 26 milhões de adultos passam fome em todo o país, de acordo com dados do Censo.

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    O jornal The Washington Post reporta que um em cada oito americanos não tinha alimentos suficientes na semana passada. Em famílias com crianças, o número sobe para um em seis adultos. Os dados, coletados pelo Censo em outubro e novembro, indicam um aumento agudo em relação aos números pré-pandemia.

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    Nenhum lugar foi poupado. Leesburg, uma das cidades mais ricas do país – perto do clube de golfe do presidente Donald Trump, na Virgínia – teve uma demanda três vezes maior de alimentos fornecidos pela ONG Loudoun Hunger Relief, que atua na região. Mas é Houston, no Texas, o epicentro do aumento da insegurança alimentar.

    Com uma área metropolitana de mais de 6,2 milhões de habitantes, a cidade tem hoje filas com centenas de carros esperando por doações de alimentos. Mais de 20% dos habitantes relataram passar fome, incluindo 30% dos adultos em famílias com crianças. Com a maioria das escolas fechadas durante a maior parte do ano, crianças perderam o acesso a refeições gratuitas ou a preço reduzido.

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    O grupo demográfico que mais sofre com a fome, assim como o próprio vírus, são os negros. Cerca de 22% dos lares afro-americanos, quase o dobro da média nacional e 2,5 vezes a taxa dos lares brancos, disseram que passaram fome na semana passada.

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    O auxílio emergencial no valor de 2,2 trilhões de dólares, aprovado pelo governo federal no início do ano, retardou o avanço da insegurança alimentar durante os vários meses de pandemia – que, em abril, chegou a deixar cerca de 30 milhões de pessoas desempregadas.

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    A reabertura de comércios não essenciais em diversos estados também ajudou a situação. Contudo, agora que a média de novos casos da Covid-19 atingiu a maior taxa desde o início da pandemia e o país bateu o recorde de hospitalizações (86.000 americanos estão internados por conta do vírus), muitos estados estão impondo novas restrições e diversos estabelecimentos voltaram a fechar.

    Além disso, a maior parte do auxílio federal já foi gasta, limitando desde setembro o seguro-desemprego, o apoio a programas de alimentação e os incentivos para empresas não demitirem seus funcionários. Segundo o Post, 12 milhões de trabalhadores correm o risco de perder seus empregos até o fim do ano, a menos que o Congresso renove os benefícios.

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