FMI vai cooperar com investigação judicial sobre DSK
Ex-diretor-gerente do órgão responde por crimes sexuais em Nova York
O Fundo Monetário Internacional (FMI) está disposto a cooperar com a investigação judicial de seu ex-diretor-gerente, Dominique Strauss-Kahn, acusado por uma camareira do hotel em que estava hospedado em Nova York de tentar estuprá-la, afirmou uma porta-voz da instituição nesta quinta-feira. “Vamos agir como bons cidadãos dos Estados Unidos, onde moramos”, disse Caroline Atkinson, em uma coletiva de imprensa.
Contudo, Atkinson ressaltou: “As investigações criminais às quais está sujeito o ex-diretor-gerente Dominique Strauss-Kahn estão separadas da instituição, por isso que o importante é que o fundo olhe para frente”. Quanto à investigação, ela se limitou a dizer que não considera “apropriado” comentar um processo judicial aberto. “Há sérias acusações criminais (contra ele), mas por enquanto não há condenação”, complementou.
Prisão e acusações – Strauss-Kahn renunciou ao cargo no FMI na semana passada, após ser detido e negar as acusações. Neste momento, o francês cumpre prisão domiciliar em uma casa avaliada em 14 milhões de dólares e com um aluguel de mais de 50.000 dólares no bairro nova-iorquino de Tribeca.
No local, ele aguarda sua próxima audiência, marcada para 6 de junho. Pesam sobre ele, que era o principal candidato da oposição socialista às eleições presidenciais da França, sete acusações. Entre elas, ato sexual criminoso e tentativa de estupro contra Nafissatou Diallo, camareira do Hotel Sofitel New York. A mais grave das acusações prevê pena de 25 anos de prisão. Todas acumuladas totalizariam 74 anos de encarceramento.
(Com agências EFE e France-Presse)