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Filho de Joe Biden deve se declarar culpado de sonegar impostos

Hunter fez um acordo judicial com os procuradores de Delaware em troca de liberdade condicional, disse a mídia americana

Por Da Redação
20 jun 2023, 12h32

Hunter Biden, o filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fechou um acordo judicial com o procurador federal em Delaware, David Weiss, no qual deve se declarar culpado de sonegação de impostos em troca de liberdade condicional, reportou a mídia local nesta terça-feira, 20.

De acordo com as emissoras americanas NBC News, CNN e CNBC, Hunter Biden poderá responder aos crimes de contravenção federal por não pagar seus impostos em liberdade condicional. Especialistas jurídicos também disseram que casos que correm em paralelo, como de porte de arma, provavelmente não levarão o filho do presidente para a prisão.

A decisão de Weiss, nomeado pelo então presidente Donald Trump em 2018, indica o fim da investigação de cinco anos contra Hunter, que envolveu promotores federais, agentes do FBI e funcionários da Receita Federal. O governo Biden escolheu manter o procurador no cargo para evitar o conflito de interesses de uma pessoa nomeada pelo presidente conduzisse o processo criminal de seu próprio filho.

“Hunter Biden recebeu renda tributável superior a US$ 1,5 milhões por ano entre 2017 e 2018. Apesar de dever mais de US$ 100 mil em imposto de renda federal por ano, ele não pagou a taxa em nenhum dos anos”, disse o escritório de Weiss em comunicado.

Já em relação à acusação de porte de arma, o comunicado disse: “de 12 de outubro de 2018 a 23 de outubro de 2018, Hunter Biden possuía uma arma de fogo, apesar de saber que era um usuário ilegal e viciado em uma substância controlada”. Essa investigação ainda está em andamento.

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Em comunicado à emissora NBC, Chris Clark, advogado de Hunter Biden, disse que a investigação sobre seu cliente “está resolvida”.

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“Hunter assumirá a responsabilidade por duas ocorrências de falha em arquivar pagamentos de impostos devidos, segundo um acordo judicial. O caso de porte de arma de fogo, que estará sujeito a um acordo de desvio pré-julgamento e não será objeto do acordo judicial, também será arquivado pelo governo”, afirmou Clark.

No chamado “desvio pré-julgamento”, a procuradoria pode retirar acusações caso o réu atenda certas condições, como não cometer um novo crime por determinado período de tempo. As condições específicas deste caso não foram divulgadas.

“Sei que Hunter acredita que é importante assumir a responsabilidade por esses erros que cometeu durante um período de turbulência e vício em sua vida. Ele espera continuar sua recuperação e seguir em frente”, acrescentou o comunicado.

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Enquanto um porta-voz da Casa Branca disse que “o presidente e a primeira-dama amam seu filho e o apoiam”, o ex-presidente Donald Trump, ele também sob acusações criminais, criticou o acordo judicial em uma postagem em sua rede, Truth Social.

“O corrupto Departamento de Justiça de Biden acaba de apagar centenas de anos de responsabilidade criminal ao dar a Hunter Biden uma mera ‘multa de trânsito’. Nosso sistema está QUEBRADO”, escreveu.

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Trump e vários republicanos do Congresso alegam que Hunter, durante anos de conduta criminosa, se envolveu de forma ilegal com pessoas ligadas ao governo chinês e empresas na Ucrânia. O acordo judicial, no entanto, sugere que os promotores não encontraram evidências para apresentar acusações relacionadas a negociações com entidades estrangeiras ou outras irregularidades.

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Um juiz marcará a data do indiciamento nas próximas semanas. Espera-se que Hunter Biden se entregue às autoridades de Delaware e seja processado pelo Serviço de Delegados dos Estados Unidos lá.

O inquérito federal contra Hunter Biden começou em 2018, sob o governo Trump, como uma investigação ampla de suas relações comerciais internacionais, com ênfase em possíveis ameaças à segurança nacional. A ideia era enquadrá-lo em uma possível violação da Lei de Registro de Agentes Estrangeiros, como agente ou lobista de um governo estrangeiro. Sem provas, contudo, o caso foi reduzido a um exame de seus impostos pessoais e à compra de uma pistola.

O filho do presidente reconheceu que foi procurado por parceiros de negócios por causa de seu sobrenome, e que ele ganhou milhões com empreendimentos estrangeiros, mas negou quaisquer irregularidades. Em uma autobiografia, descreveu como usou os lucros para financiar seu vício em drogas, especialmente cocaína.

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