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Farc defendem saída ‘civilizada’, mas aumentam ações

Guerrilha matou dois candidatos a uma prefeitura e três soldados do Exército

Por Da Redação
31 Maio 2011, 13h31

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) agravaram suas ações violentas no país ao matarem na segunda-feira dois candidatos a uma prefeitura e três soldados do Exército, em um momento em que pediam ao governo colombiano que facilitasse uma saída “civilizada” ao conflito armado.

As Farc reiteram que “jamais” renunciariam a uma “solução política” e a uma saída “civilizada” ao conflito armado que vive o país, conforme consta no documento divulgado à ocasião do 47º aniversário de sua fundação. Afirmam ainda que a saída começa com um acordo humanitário que liberte todos os presos políticos e os prisioneiros de guerra em poder da insurgência. No entanto, após a proposta das Farc, o governo colombiano indicou por meio do ministro do Interior e da Justiça, Germán Vargas Lleras, que a troca humanitária é um “tema superado”.

Lleras, conhecido por sua ferrenha oposição às Farc, comentou sobre o recebimento dos comunicados dos rebeldes. “Ninguém vai construir um cenário para um protagonismo político sem fatos concretos que demonstrem a vontade real de libertar pessoas”, disse. “O tema da troca está fechado para o governo”. Atualmente, as Farc têm 17 policiais e militares que consideram “passíveis de troca” e que, segundo suas reiteradas propostas, deixarão em liberdade sempre e quando o governo colombiano fizer o mesmo com guerrilheiros presos dentro e fora do país.

Outros casos – Não é a primeira vez que as Farc anunciam propostas de troca e saída política ao conflito ao mesmo tempo em que aumentam suas ações, como as registradas nos departamentos de Antioquia (noroeste) e Arauca, na fronteira com a Venezuela. Em Antioquia morreram Guillermo Roldán Correa, do Partido Conservador, e Donay de Jesús Correa Londoño, do partido da União Nacional, da coalizão do governo do presidente Juan Manuel Santos. Os dois políticos faziam campanha em diferentes pontos desse povoado quando foram assassinados pelas Farc.

A guerrilha também atentou, na semana passada, contra um candidato à prefeitura de El Bagre e um candidato que buscava uma cadeira ao conselho desta mesma cidade. As Farc também ameaçaram a dirigente conservadora Liliana Rendón. Além do assassinado e das ameaças contra esses políticos, as Farc emboscaram uma patrulha do Exército e mataram três soldados e feriram outros seis.

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Negociação – Na semana passada, as Farc retiveram durante vários dias 200 pessoas em uma região de selva do noroeste colombiano, que levou a uma troca de declarações entre setores do governo que garantem que não houve sequestro. O mais recente pronunciamento das Farc no qual defendem uma saída política ao conflito interno remonta a fevereiro passado, quando a guerrilha pediu ao presidente Santos, “aproveitar a oportunidade” da libertação incondicional de cinco sequestrados para iniciar um diálogo que permita uma solução política ao conflito armado.

A imediata resposta do governo foi exigir menos palavras e mais atitudes de paz, como a libertação de todos os sequestrados e o fim do terrorismo, para dar início ao diálogo. As Farc foram fundadas em 27 de maio de 1964 quando uma grande operação militar tentou, sem sucesso, acabar com uma guerrilha camponesa com cerca de 50 pessoas em Marquetalia, no departamento do Tolima (sul).

(Com agência EFE)

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