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Família de homens-bomba ataca igrejas na Indonésia e mata ao menos 11

Atentados ocorrem a poucos dias do início do Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos; pelo menos 41 ficaram feridos

Por Da Redação
Atualizado em 14 Maio 2018, 09h15 - Publicado em 13 Maio 2018, 09h17
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  • Mulheres muçulmanas participam de oração que celebra o início do mês sagrado do Ramadã na mesquita Istiqlal, em Jacarta, na Indonésia, nesta sexta-feira. Neste período, os muçulmanos em todo o mundo não comem, bebem, fumam e nem praticam relações sexuais do nascer ao pôr-do-sol
    Mulheres muçulmanas na Indonésia, país com maior população muçulmana do planeta. (ita Alangkara/AP/VEJA)

    Homens-bomba mataram pelo menos 11 pessoas e feriram outras 41 em ataques a três igrejas na Indonésia, neste domingo, na mais recente onda de violência no país de maioria muçulmana. Os atentados ocorreram na cidade de Surabaya, cerca de 800 km a leste da capital do país, Jacarta. Ambas cidades se localizam na ilha de Java. Os ataques ocorreram contra uma igreja protestante, uma católica e outra pentecostal. De acordo com o chefe da polícia nacional, Tito Karnavian, os terroristas pertenciam a uma só família, que incluía jovens e crianças, e aconteceram quase simultaneamente, enquanto eram realizadas as missas dominicais.

    Segundo a polícia, uma mulher e duas crianças – de 9 e 12 anos – detonaram ao menos uma bomba quando foram paradas por um guarda na entrada de uma igreja protestante em Jacarta. Uma fonte que não estava autorizada a falar com a imprensa disse que as crianças – duas meninas – também carregavam bombas. O pai explodiu um carro-bomba e os dois filhos adolescentes – de 16 e 18 anos – usaram uma motocicleta em seus ataques.

    Dezenas de pessoas foram levadas a hospitais e a polícia colocou Jacarta em alerta. As explosões se deram em meio a uma onda de derramamento de sangue que tem a polícia como alvo. Especialistas em terrorismo disseram que devem acontecer mais ataques, com os extremistas incentivando seus seguidores às vésperas do mês de Ramadã, quando os muçulmanos praticam seu jejum ritual.

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    Na semana passada, detentos de uma prisão que concentra terroristas em Jacarta fizeram uma rebelião e mataram cinco policiais. O Estado Islâmico assumiu a responsabilidade do motim, o segundo naquela prisão desde que Aman Abdurrahman, o líder do grupo terrorista na Indonésia, foi transferido para o local no ano passado para aguardar julgamento por incitar seguidores a fazer ataques.

    Na Indonésia, a maioria muçulmana é da ala moderada e há muito vinha sendo exemplo de democracia. No entanto, uma corrente conservadora da religião tem ganhado destaque na política do país. No ano passado, conservadores radicais lideraram protestos contra o governador cristão da capital Jacarta e ajudaram a prendê-lo, sob acusações duvidosas de que ele havia blasfemado contra o islamismo.

    Reação

    O papa Francisco lamentou neste domingo os três atentados cometidos contra igrejas e pediu que os “sentimentos de ódio e de violência” se transformem em “reconciliação e fraternidade”.

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    O papa se solidarizou com o povo da Indonésia momentos depois da oração do Regina Coeli, que substitui o Ângelus no período pascal, na sacada do palácio apostólico do Vaticano.

    “Elevo minha oração pelas vítimas e suas famílias. Invoquemos juntos o Deus da paz para que ele faça com que cessem essas violentas ações e que no coração de todos encontrem espaço, não os sentimentos de ódio e violência, mas de reconciliação e fraternidade”, disse o pontífice.

    (Com Agência Estado e EFE)

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