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Falcões, castores e cervos: Londres vai trazer a vida selvagem de volta

Capital do Reino Unido tem 45 projetos ecológicos de grande porte em andamento

Por Ernesto Neves Atualizado em 5 jan 2022, 15h10 - Publicado em 5 jan 2022, 15h01

A prefeitura de Londres anunciou nos últimos dias de dezembro a criação de um plano ecológico ousado, que promete reintroduzir animais silvestres nas áreas verdes da cidade.

De acordo com o prefeito, Sadiq Khan, o projeto terá aporte inicial de 600.000 libras, cerca de 4,6 milhões de reais, e deverá beneficiar áreas icônicas da capital britânica, incluindo o Hyde Park, mais famosa área de lazer londrina.

Entre as espécies que deverão ser reintroduzidas estão castores, ratos d’água, pardais, cervos e até falcões peregrinos.

Esse processo se integra ao chamado rewilding, conceito do urbanismo que prega a introdução de animais e plantas silvestres em grandes cidades.

O objetivo é aumentar a biodiversidade local, tornar as cidades mais resistentes às mudanças climáticas e aumentar a qualidade de vida dos moradores.

Entre as grandes metrópoles que já implantaram o sistema estão Nova York, Singapura, Paris, Melbourne, e Auckland.

No total, Londres vai colocar em andamento 45 projetos de expansão das áreas verdes e introdução de animais silvestres.

Segundo Khan, a multiplicação de terrenos silvestres vai reduzir a poluição, conter as inundações e garantir que todos os londrinos vivam a no máximo dez minutos de caminhada de uma área verde.

O projeto é, na verdade, uma expansão do que já acontece no rio Tâmisa. Considerado biologicamente morto nos anos 1960, o curso d’água foi despoluído e, em seguida, alvo de técnicas de rewilding.

Entre as medidas aplicadas pela prefeitura está a remoção do concreto usado para canalizar os afluentes do Tâmisa. No lugar, foram plantados arbustos silvestre.

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Simples e eficiente, a troca multiplicou em 450% a população de pássaros como o martim-pescador, além de trazer de volta peixes e morcegos.

O prefeito Sadiq Khan promete usar o rewilding para tornar Londres neutra em emissão de carbono no médio prazo.

Segundo a prefeitura, porém, o desafio será longo. Ainda que 2o% da capital britânica sejam classificados como pontos de conservação de natureza, somente metade dessas áreas tem gerenciamento adequado.

O Hyde Park, mais famosa área verde de Londres: região deverá receber animais silvestres
O Hyde Park, mais famosa área verde de Londres: região deverá receber animais silvestres (Getty/Getty Images)
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