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Exército sírio ataca berço da rebelião e bombardeia ponte de fuga para o Líbano

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6 mar 2012, 10h57

O Exército sírio executou um grande ataque contra a cidade de Hirak, berço da rebelião, e bombardeou uma ponte pela qual transita a maioria dos habitantes que fogem para o Líbano, informaram ONGs ligadas à oposição.

A pressão militar contra os rebeldes acontece quatro dias antes da viagem a Damasco de Kofi Annan, emissário da ONU e da Liga Árabe, para negociar um cessar-fogo.

Durante a manhã, o Exército bombardeou na localidade de Rableh uma ponte usada pelos sírios em fuga para o Líbano, denunciou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

O bombardeio não provocou vítimas, mas inutilizou a ponte, que cruza o rio Orontes, perto da fronteira libanesa.

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Quase 2.000 sírios, em sua maioria mulheres e crianças, se refugiaram no Líbano desde o fim de semana passado, informou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

Segundo o Acnur, 7.058 refugiados sírios foram registrados no Líbano desde o início da rebelião contra o regime de Bashar al-Assad.

Além do bombardeio da ponte nesta terça-feira, o OSDH denunciou ainda um grande ataque das forças sírias contra a cidade de Hirak, na província de Deraa, berço da rebelião contra o regime de Assad no sul do país.

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Também destacou um reforço do cerco à localidade de Tibet al-Iman, na província de Hama.

Depois da tomada do bairro de Baba Amr, em Homs, na semana passada, as forças do regime intensificaram a pressão sobre os outros redutos do Exército Sírio Livre (ESL), particularmente Rastan, a 20 km de Homs, que foi declarada cidade livre em 5 de fevereiro.

Rastan é submetida a um intenso bombardeio pelo Exército do regime de Assad.

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“O que está acontecendo em Rastán é idêntico ao que ocorreu em Baba Amr: bloqueio, tiros de artilharia e foguete”, afirmou Hadi Abdallah, militante em Homs da Comissão Geral da Revolução Síria.

“Os combatentes do ESL estão em Rastan e não cederão facilmente, pois ninguém quer um segundo Baba Amr”, completou.

Outra cidade da província de Homs, Qusseir, controlada pelos rebeldes, também está sendo bombardeada.

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“Resistiremos. É uma questão de vida ou morte. Vamos resistir com todas as nossas forças. O mundo inteiro nos abandonou, mas não abandonaremos a revolução”, afirmou o militante Anas Abu Ali.

No plano diplomático, o governo sírio segue submetido a uma intensa pressão.

O primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan pediu nesta terça-feira a autorização imediata para a abertura de corredores humanitários para as populações civis vítimas da violência no país vizinho.

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“Os corredores na Síria para o envio de assistência humanitária devem ser abertos imediatamente”, declarou aos deputados do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP, saído da corrente islâmica), antes de estimular a comunidade internacional a exercer pressões a este respeito sobre Damasco.

Os países ocidentais aproveitaram a vitória de Vladimir Putin na eleição presidencial de domingo para pedir que a Rússia modifique sua posição de apoio à Síria.

O vice-ministro russo das Relações Exteriores respondeu, no entanto, que o novo projeto de resolução do Conselho de Segurança da ONU, que está sendo discutido em Nova York, “não é equilibrado”.

Rússia e China já vetaram duas resoluções de condenação à Síria, onde segundo a ONU a violência provocou a morte de 7.500 pessoas.

Além de Annan, a diretora de operações humanitárias da ONU, Valerie Amos, também viajará à Síria e disse que tentará obter um acesso “sem obstáculos”.

A Cruz Vermelha Internacional continuava negociando, pelo quinto dia consecutivo, a entrada de um comboio de ajuda urgente no bairro de Baba Amr, da cidade de Homs, tomado em 1º de março pelas forças de Assad.

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