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Justiça decreta prisão preventiva de ex-presidente do Peru PPK por 3 anos

PPK estava preso provisoriamente desde a semana passada. A detenção temporária, de 10 dias, expiraria neste sábado, 20

Por Redação
Atualizado em 19 abr 2019, 20h04 - Publicado em 19 abr 2019, 19h16

A Justiça do Peru decretou a prisão preventiva do ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski (PPK, como é conhecido) por três anos por suposta lavagem de dinheiro ligada ao escândalo da Odebrecht, que já atingiu quatro ex-presidentes do país.

Kuczynski estava preso provisoriamente desde a semana passada. A detenção temporária, de 10 dias, expiraria neste sábado, 20. Na quarta-feira 17, o político de 80 anos teve uma crise de hipertensão e foi submetido a um cateterismo.

O promotor da Lava Jato peruana, José Domingo Perez, justificou a detenção provisória alegando que há perigo de obstrução das investigações caso o ex-presidente permaneça livre. Perez também rejeitou a solicitação de modificar o pedido de prisão preventiva para prisão domiciliar, afirmando que Kuczynski não sofre de doença grave, exigência legal para que um acusado permaneça detido em casa.

O ex-presidente está sendo acusado de ter recebido dinheiro da Odebrecht quando era ministro da Economia no governo de Alejandro Toledo. Em 2017, a construtora brasileira revelou que pagou quase 5 milhões de dólares por serviços de consultoria às empresas First Capital e Westfield Capital, ligadas a Kuczynski.

O caso

Eleito em 2016, PPK renunciou em março de 2018 à Presidência em razão do escândalo, o que o tornou o primeiro presidente em exercício na América Latina a deixar o cargo no caso da Odebrecht. A prisão inclui sua ex-secretária, Gloria Kisic, e seu motorista, José Luis Bernaola.

No Peru, o escândalo da empresa brasileira Odebrecht também afetou os ex-presidentes Alejandro Toledo (2001-2006), Alan García (2006-2011) e Ollanta Humala (2011-2016), todos investigados pela promotoria. García se suicidou pouco antes de ser preso, na quarta-feira, 17.

A líder da oposição, Keiko Fujimori, cumpre prisão preventiva desde outubro de 2018 também por suposta lavagem de dinheiro depois de receber recursos da Odebrecht para sua campanha.

Jorge Barata, ex-chefe da Odebrecht no Peru, disse aos promotores peruanos no Brasil que a empresa contribuiu com 300.000 dólares para a campanha presidencial de 2016 de Kuczynski por Susana de la Puente, atual embaixadora do Peru no Reino Unido.

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Toledo, por sua vez, é acusado de receber 20 milhões de dólares em subornos para escolher a Odebrecht como construtora de estradas na Amazônia. O Peru solicita sua extradição dos Estados Unidos.

Kuczynski permanece no Peru desde que renunciou, impedido por uma ordem judicial de deixar o país enquanto durar a investigação. Suas contas bancárias foram confiscadas.

Um tribunal de Justiça negou-lhe em julho passado uma permissão para se submeter a exames médicos nos Estados Unidos, onde viveu durante anos como um banqueiro de sucesso.

(Com Estadão Conteúdo)

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