Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Ex-presidente do Peru é preso preventivamente por caso Odebrecht

Pedro Pablo Kuczynski é acusado de ter recebido propina para facilitar obras da empreiteira no governo de Alejandro Toledo (2001-2006)

Por Da Redação
Atualizado em 10 abr 2019, 19h30 - Publicado em 10 abr 2019, 16h46
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O ex-presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, foi preso preventivamente nesta quarta-feira, 10, em Lima acusado de envolvimento em um caso de corrupção ligado à Odebrecht.

    Publicidade

    Kuczynski, de 80 anos, deixou a casa em que vive na capital do país em um carro da Polícia Nacional do Peru e será levado primeiro ao Instituto Médico Legal. Depois, ficará detido por dez dias na sede principal da organização em Lima.

    Publicidade

    Enquanto era levado pelos agentes, Kuczynksi usou o Twitter para contestar a decisão da Justiça de prendê-lo preventivamente.

    “É uma arbitrariedade. Colaborei absolutamente com todas as investigações e participei pontualmente de todas as convocações das autoridades judiciais”, criticou o ex-presidente nas redes sociais.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    “Nunca me opus, e nem me oponho, a qualquer investigação”, completou Kuczynski, na série de mensagens postada no Twitter.

    A ordem de prisão veio do Superior Tribunal de Justiça Especializado em Delitos de Crime Organizado, que aceitou um pedido do promotor especial da Operação Lavo Jato/Odebrecht, José Domingo Pérez, que investiga o ex-presidente.

    Publicidade

    O magistrado também autorizou a promotoria a revistar a casa de Kuczynski por 48 horas, em busca de documentos relacionados ao caso. É a segunda vez em um ano que os procuradores realizam buscas na residência do ex-presidente.

    Continua após a publicidade

    Kuczynski, um ex-banqueiro de Wall Street de 80 anos, cumprirá a sentença de prisão na sede policial da Divisão de Investigações de Alta Complexidade (Diviac) em Lima.

    Publicidade

    Eleito em 2016, renunciou em março de 2018 à Presidência em razão do escândalo, o que o tornou o primeiro presidente em exercício na América Latina a deixar o cargo no caso da Odebrecht. A prisão inclui sua ex-secretária, Gloria Kisic, e seu motorista, José Luis Bernaola.

    Continua após a publicidade

    O advogado de Kuczynski, Nelson Miranda, considerou arbitrária a sentença de prisão: “É uma decisão de que vamos recorrer”, disse a repórteres.

    Publicidade

    No Peru, o escândalo da empresa brasileira Odebrecht também afetou os ex-presidentes Alejandro Toledo (2001-2006), Alan García (2006-2011) e Ollanta Humala (2011-2016), todos investigados pela promotoria.

    A líder da oposição, Keiko Fujimori, cumpre prisão preventiva desde outubro de 2018 também por suposta lavagem de dinheiro depois de receber recursos da Odebrecht para sua campanha.

    Continua após a publicidade

    O caso

    Kuczynski é acusado de corrupção por obras ocorridas no governo de Alejandro Toledo. Na época, ele foi primeiro-ministro e ministro de Economia.

    A Odebrecht afirmou ter pago quase 5 milhões de dólares a PPK por ter assessorado duas empresas ligadas a Kuczinsky, a First Capital e a Westfield Capital, enquanto ele era ministro de Toledo. Até então, Kuczynski havia negado qualquer vínculo com a empresa brasileira.

    Agora, os procuradores estão procurando documentos que liguem Kuczynski ao conselho da Odebrecht para essas empresas, disse uma fonte da procuradoria.

    Continua após a publicidade

    Além disso, Jorge Barata, ex-chefe da Odebrecht no Peru, disse aos promotores peruanos no Brasil que a empresa contribuiu com 300.000 dólares para a campanha presidencial de 2016 de Kuczynski por Susana de la Puente, atual embaixadora do Peru no Reino Unido.

    Toledo, por sua vez, é acusado de receber 20 milhões de dólares em subornos para escolher a Odebrecht como construtora de estradas na Amazônia. O Peru solicita sua extradição dos Estados Unidos.

    Kuczynski permanece no Peru desde que renunciou, impedido por uma ordem judicial de deixar o país enquanto durar a investigação. Suas contas bancárias foram confiscadas.

    Um tribunal de Justiça negou-lhe em julho passado uma permissão para se submeter a exames médicos nos Estados Unidos, onde viveu durante anos como um banqueiro de sucesso.

    (Com EFE e AFP)

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.