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Ex-funcionário sênior dos EUA admite tentativas de golpes a outros países

O ex-assessor de Segurança Nacional da Casa Branca disse, sem entrar em detalhes, que tentou interferir no governo venezuelano de Nicolás Maduro

Por Matheus Deccache
14 jul 2022, 13h59

O ex-embaixador dos Estados Unidos nas Nações Unidas e ex-assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, disse que ajudou na elaboração de tentativas de golpes em países estrangeiros. 

As falas aconteceram em entrevista à rede CNN após audiência do Congresso sobre a invasão ao Capitólio em 6 de janeiro, na qual parlamentares acusam o ex-presidente Donald Trump de incitar a violência em uma última tentativa de permanecer no cargo depois de ser derrotado nas eleições de 2020. 

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Segundo Bolton, o ex-presidente não era competente o suficiente para realizar um “golpe de estado cuidadosamente planejado”.

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“Como alguém que ajudou a planejar golpes de estado – não aqui, mas você sabe, em outros lugares – dá muito trabalho. E não foi isso que ele fez”, disse o ex-assessor ao repórter. 

Ao ser questionado a quais tentativas ele se referia, Bolton disse que não entraria em detalhes, mas acabou falando sobre a Venezuela.

“Acabou não tendo sucesso. Não que tivéssemos muito a ver com isso, mas eu vi o que era preciso para uma oposição tentar derrubar um presidente eleito ilegalmente e eles falharam”, disse ele.

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Em 2019, enquanto era assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, o americano chegou a apoiar publicamente o pedido do líder da oposição, Juan Guaidó, para que os militares apoiassem seu esforço para derrubar o presidente Nicolás Maduro, argumentando que sua reeleição era ilegítima. Ao ser questionado pelo repórter de que havia mais coisas que não estavam sendo ditas, Bolton concordou, mas não entrou em detalhes. 

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Muitos especialistas em política externa criticaram ao longo dos anos o histórico de intervenções de Washington em outros países, desde seu papel na derrubada do então primeiro-ministro nacionalista iraniano, Mohammad Mosaddegh, em 1953, e na guerra do Vietnã, até suas invasões do Iraque e do Afeganistão neste século.

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No entanto, é altamente incomum que as autoridades americanas reconheçam abertamente seu papel em atiçar a agitação em países estrangeiros.

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