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Ex-ditador sai na frente na disputa para presidente na Nigéria

Muhammadu Buhari, que comandou o país depois de um golpe militar nos anos 1980, aparece na frente do atual presidente Goodluck Jonathan, mas resultado ainda é incerto

Por Da Redação
30 mar 2015, 21h06

O ex-ditador Muhammadu Buhari abriu uma vantagem de 2 milhões de votos nesta segunda-feira, com 75% dos Estados já com os votos contados na disputa presidencial da Nigéria. Segundo a agência Reuters, Buhari recebeu 12 milhões de votos até o momento, à frente do atual presidente, Goodluck Jonathan. A definição do pleito, no entanto, ainda está distante.

O opositor saiu em vantagem nas regiões do norte do país, mais afetadas pelos ataques do grupo terrorista Boko Haram. Mas Jonathan ainda pode virar, já que algumas de suas principais bases de apoio no Delta do Níger ainda não tiveram os votos contabilizados.

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Buhari, que comandou o país há três décadas, depois de um golpe militar, se disse um “convertido à democracia” e baseou sua campanha em grande parte no combate à corrupção, um mal endêmico no país mais populoso da África.

Nesta segunda, Estados Unidos e Grã-Bretanha alertaram para a possibilidade de “interferência política” na apuração. “Até agora não há evidências de manipulação sistemática do processo. Mas há indícios preocupantes de que o processo de contagem final de votos possa ser alvo de interferência política de forma deliberada”, alertaram em comunicado conjunto o secretário de Estados americano, John Kerry, e o ministro britânico de Relações Exteriores, Philip Hammond. O partido do atual presidente considerou as afirmações um “absoluto disparate” e exigiu provas.

No texto, eles ainda elogiaram a “determinação” do povo nigeriano, que foi às urnas apesar dos ataques do Boko Haram e das falhas no sistema de votação. “O povo nigeriano mostrou uma determinação elogiável para votar e escolher seus líderes”.

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Em Rivers, instável e disputado Estado no sul que abriga a maior indústria petrolífera da África, Jonathan recebeu 95% dos votos, o que levantou suspeitas entre diplomatas, observadores e eleitores do partido de Buhari. Houve manifestações para denunciar fraude no processo eleitoral e o governador Rotimi Amaechi decidiu impor um toque de recolher na capital Port Harcourt. A medida será aplicada das 19 horas às 6 horas.

Também houve protestos em dois Estados do sudoeste onde o partido opositor venceu. Teme-se que haja novos confrontos quando forem anunciados os resultados finais, como ocorreu depois das eleições de 2011, quando conflitos deixaram aproximadamente 1.000 mortos.

No nordeste do país, o Exército lançou ataques aéreos e uma operação terrestre no domingo contra os jihadistas perto da cidade de Bachi e instaurou um toque de recolher ilimitado nesta cidade e em outros dois distritos do Estado. O Boko Haram, que tinha prometido atrapalhar as eleições, lançou vários ataques no fim de semana, deixando dezenas de mortos.

(Da redação)

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