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Ex-assessor de Boris Johnson o acusa de mentir no Parlamento sobre festa

Segundo Dominic Cummings, influente ex-conselheiro, premiê teria mentido quando disse que confraternização se tratava, na verdade, de reunião de trabalho

Por Da Redação
Atualizado em 18 jan 2022, 11h44 - Publicado em 18 jan 2022, 11h44

Em meio à forte pressão da população e de políticos por ter participado de uma festa na residência oficial durante a primeira quarentena no Reino Unido, o premiê britânico, Boris Johnson, foi acusado nesta terça-feira, 18, de mentir no Parlamento na semana passada. Segundo Dominic Cummings, influente ex-conselheiro do primeiro-ministro, Johnson teria mentido quando disse que a festa se tratava, na verdade, de uma reunião de trabalho.

Em publicação no Twitter, Cummings disse está disposto a falar sob juramento de que o primeiro-ministro foi alertado que a festa em maio de 2020 para funcionários da residência oficial quebrariam as restrições contra o coronavírus. Segundo ele, há outras testemunhas que podem provar a afirmação, sem especificar quem seriam.

De acordo com o ex-conselheiro, ele próprio e outra pessoa avisaram ao premiê que uma festa havia sido organizada pelo secretário Martin Reynolds, que em um e-mail pediu que colegas levassem suas próprias bebidas.

“O primeiro-ministro foi avisado sobre esses convites, ele sabia que era uma festa, ele mentiu ao Parlamento”, escreveu Cummings.

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Johnson, por sua vez, nega ter sido alertado. Na semana passada, ele afirmou ao Parlamento que participou da festa, mas que considerou um encontro de trabalho que não seguiu devidamente as regras.

“Sei que milhões de pessoas neste país fizeram sacrifícios extraordinários nos últimos 18 meses. Conheço a raiva que sentem de mim e do governo que lidero quando pensam que as regras não estão sendo seguidas pelas pessoas que as fazem”, disse ao Parlamento. 

“Quando entrei naquele jardim pouco depois das seis horas em 20 de maio de 2020 para agradecer a um grupo de funcionários por 25 minutos, acreditei implicitamente que era um evento de trabalho. Em retrospectiva, entendo que deveria ter mandado todos de volta para dentro”, completou. 

Nesta terça-feira, a repórteres, Johnson ressaltou que “ninguém me disse que o que estávamos fazendo era contra as regras”. No domingo, em meio à perda de popularidade, ele também anunciou medidas para abolir a taxa anual de licença cobrada pela BBC em 2027, uma antiga demanda conservadora.

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A festa no jardim é parte de uma série de supostas festas do governo sendo investigadas por Sue Gray, uma alta funcionária do governo. Ela deve apresentar um relatório no final deste mês sobre acusações de que funcionários do governo faziam festas com a temática “traga sua própria bebida” e “sextas-feiras do vinho” enquanto o Reino Unido estava sob restrições contra o coroanvírus entre 2020 e 2021.

Na semana passada, o governo britânico pediu desculpas à Família Real por duas festas para funcionários realizadas na noite anterior ao funeral do príncipe Philip. As reuniões ocorreram em 16 de abril de 2021 e seguiram até a madrugada.

Apesar de não estar presente nestas duas, Johnson enfrenta forte pressão por parte da população pelas confraternizações ocorridas em Downing Street, sede do governo, durante o período de isolamento. Ele participou de uma no dia 20 de maio de 2020 e pediu desculpas ao Parlamento na última quarta-feira (12).

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