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Europa tenta encurralar o governo sírio com novas sanções

Por Thierry Charlier
14 Maio 2012, 18h25

Os países europeus aprovaram nesta segunda-feira novas sanções contra o regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, em uma reunião de chanceleres em Bruxelas na qual decidiram apoiar o plano de paz impulsionado por Kofi Annan, mas com a ideia de fixar um prazo.

A União Europeia decidiu congelar os bens de duas empresas e de três pessoas consideradas fontes de financiamento do governo Assad, durante uma reunião de ministros das Relações Exteriores em Bruxelas.

Com estas, já são 128 pessoas e 43 empresas que foram incluídas na lista negra das sanções europeias, que têm como alvos o Banco Central, o comércio de metais preciosos e o frete aéreo.

Um embargo de petróleo e outro sobre as armas que podem ser utilizadas na repressão completam as sanções da União Europeia contra o regime sírio.

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“A violência é chocante”, considerou a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton. “Enquanto continuar a repressão (por parte do regime sírio), continuaremos exercendo pressão sobre as autoridades”.

“A informação que temos é francamente preocupante”, afirmou o chanceler espanhol, José Manuel García-Margallo.

As pessoas sancionadas também serão privadas de visto para qualquer país da UE. Mas seus nomes serão publicados depois no diário oficial.

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Durante sua última reunião em abril, os ministros haviam decidido proibir as exportações de produtos de luxo para a Síria, uma medida essencialmente simbólica contra o casal Assad.

“Devemos continuar exercendo a pressão política”, disse o chanceler de Luxemburgo, Jean Asselborn.

Embora os ministros tenham reafirmado o seu compromisso com o plano de paz do enviado especial da Liga Árabe e da ONU para a Síria, Kofi Annan, admitiram que está demorando demais para que haja resultados.

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Mesmo sendo “o melhor para que se consiga uma transição pacífica na Síria”, o plano não conta com “todo o tempo do mundo para funcionar”, lembrou Hague.

“Decidiu-se continuar apoiando o plano de paz de seis pontos de Kofi Annan, mas que seja estabelecido um prazo para apresentar um resultado concreto de sua missão, levando-se em conta que a cada dia que passa as matanças continuam”, indicou García-Margallo.

De qualquer maneira, esta é “a única alternativa que temos para evitar que as atrocidades continuem” nesse país, considerou Asselborn.

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“Não há outra solução: a solução militar não é uma solução nem para a Europa, nem para os outros países”, insistiu.

As sanções que a União Europeia impôs até agora (e este é o pacote número 15), afetam pouco o governo Assad.

Quase 150 observadores militares da ONU estão agora na Síria para monitorar a suspensão das hostilidades, que supostamente começou no dia 12 de abril, mas os ataques entre governo e grupos da oposição continuam.

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Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), com sede na Grã-Bretanha, pelo menos 23 soldados sírios morreram nesta segunda-feira em Rastan, na província de Homs, centro da Síria, em violentos combates entre rebeldes e forças leais ao regime.

Para o OSDH, mais de 900 pessoas, das quais quase 700 civies, morreram em atos de violência desde que entrou em vigor o cessar-fogo, no dia 12 de abril. Em quase 14 meses, a repressão e os combates deixaram mais de 12.000 mortos, civis em sua grande maioria.

O regime de Bashar al-Assad afirma lutar contra “grupos terroristas” que considera responsáveis pelos atentados que foram registrados no país desde dezembro de 2011.

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