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Europa: Queda da natalidade está ligada a restrições da Covid, diz estudo

Lockdowns longos levaram a menos gestações, diz pesquisa publicada no periódico científico Human Reproduction, gerando consequências de longo prazo

Por Amanda Péchy
14 out 2022, 11h54

Uma pesquisa publicada no periódico científico Human Reproduction na quinta-feira 13 sugere que a queda da taxa de natalidade da Europa em 2021 está relacionada a longos lockdowns, ou bloqueios totais, contra a pandemia de Covid-19.

A Europa teve uma queda de 14% em sua taxa de natalidade em janeiro de 2021 em comparação com anos anteriores. Como aponta o estudo, janeiro do ano passado estava entre o nono e décimo mês após a maioria dos países europeus imporem duros bloqueios relacionados ao coronavírus.

Segundo as descobertas da pesquisa, bloqueios mais longos levaram a menos gestações, e o declínio na taxa de natalidade foi mais comum em países onde sistemas de saúde entraram em colapso.

A Lituânia e a Romênia tiveram as maiores quedas – de 28% e 23%, respectivamente – enquanto a Suécia, que não teve lockdown, teve taxas de natalidade normais.

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“Quanto mais longos os bloqueios, menos gestações ocorreram neste período, mesmo em países não severamente afetados pela pandemia”, disse Leo Pomar, ultrassonografista obstetra do Hospital Universitário de Lausanne, na Suíça, que assina o estudo.

“Achamos que os medos dos casais de uma crise de saúde e social no momento da primeira onda de Covid-19 contribuíram para a diminuição dos nascidos vivos nove meses depois”, completou.

Medidas de distanciamento social, medos relacionados ao vírus e a crise social e econômica causada pela pandemia podem ser “fatores indiretos que desempenharam um papel na decisão dos casais de adiar a gravidez”, afirma o relatório.

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+ Déficit de bebês: o declive nos índices de natalidade em tempo de pandemia

A Inglaterra e o País de Gales tiveram uma queda de 13% em janeiro de 2021, em comparação com janeiro de 2018 e 2019 – enquanto o número de bebês nascidos na Escócia diminuiu 14%. Já França e Espanha tiveram uma queda de 14% e 23%, respectivamente.

Em março de 2021, os nascimentos voltaram a uma taxa semelhante ao nível pré-pandemia, correspondendo a uma recuperação nove a 10 meses após o fim dos bloqueios, diz o estudo. Contudo, os pesquisadores dizem que essa recuperação não parece ter compensado a queda nas taxas de natalidade dois meses antes.

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“O fato de que a recuperação nos nascimentos não parece compensar a diminuição em janeiro de 2021 pode ter consequências de longo prazo na demografia, principalmente na Europa Ocidental, onde há populações envelhecidas”, disse Pomar.

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