EUA se preparam para onda de imigração antes da posse de Trump
No mês de outubro, o último da campanha eleitoral, o país registrou aumento significativo de imigrantes que tentavam entrar no país ilegalmente
O Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos (DHS, na sigla em inglês) está tomando medidas perante o notável aumento de imigrantes ilegais que cruzaram a fronteira sul no mês de outubro. Outra preocupação é a possível chegada de uma nova onda antes que Donald Trump assuma a Presidência, em janeiro do ano que vem, por sua promessa de dificultar a entrada de imigrantes no país.
“Definitivamente estamos vendo mais imigrantes ilegais tentando atravessar a fronteira. Nas últimas semanas vimos não só mais pessoas, como um aumento no tráfico de drogas”, afirmou Art del Cueto, porta-voz do Sindicato Agentes da Patrulha Fronteiriça no Estado do Arizona, que fica na fronteira com o México.
No último fim de semana, o DHS anunciou o envio de 150 agentes adicionais para patrulhar a fronteira no sul do Texas, onde a agência federal registrou crescimento no número de crianças e famílias que tentavam entrar no país de forma ilegal, em sua maioria provenientes da América Central. A previsão é que os oficiais permaneçam em seus postos pelo menos nos próximos dois meses, período que coincide com o prazo que resta antes que Trump assuma a presidência, em 20 de janeiro.
O mês de outubro de 2016, o último da campanha eleitoral, teve o maior número de cruzamento de imigrantes ilegais para o período desde 2010. De acordo com dados do DHS, 46.195 pessoas foram detidas ao longo da fronteira com o México, número que foi de 32.724 em outubro de 2015. As detenções de menores sem a companhia de um adulto subiram para 6.754, em comparação com as 4.943 do mesmo período no ano passado.
Durante sua campanha, Trump prometeu a construção de um muro na fronteira com o México para evitar a chegada de imigrantes, medida que reiterou em sua primeira entrevista após sua eleição. O presidente eleito também afirmou à emissora CBS que planeja deportar entre dois e três milhões de ilegais, depois de prometer, durante a campanha, que expulsaria até 11 milhões de imigrantes.
(Com EFE)