(Atualizado às 8h20)
A segurança está sendo aumentada nos aeroportos americanos e nos terminais estrangeiros com voos diretos para os Estados Unidos em resposta ao alerta de uma “ameaça credível” feita pela inteligência americana, reporta a BBC nesta quarta-feira. O secretário dos Transportes britânico, Patrick McLoughlin, confirmou que recebeu um pedido dos EUA e disse que medidas estavam sendo tomadas para aumentar a segurança pública. McLoughlin não especificou que medidas seriam adotadas e descartou “perturbações significativas” para os passageiros. Segundo a rede BBC, filiais da Al Qaeda na Síria e Iêmen estão desenvolvendo bombas para serem colocadas em aviões ou com passageiros com destino aos EUA.
O Departamento de Segurança Doméstica dos EUA (DHS, na sigla em inglês) informou que as mudanças no padrão de segurança são uma resposta em “tempo real” a uma ameaça “crível”. Mas o comunicado não comenta sobre quais seriam essas ameaças e sobre assuntos de inteligência. O secretário de Segurança Doméstica, Jeh Johnson, também disse que os EUA “estão compartilhando informações recentes e relevantes com os aliados estrangeiros e estão consultando as empresas de aviação”.
Leia também
Ataque contra aeroporto do Paquistão deixa 23 mortos
FBI frustra ataque terrorista em aeroporto do Kansas
Johnson não entrou em detalhes sobre as medidas de segurança que seriam reforçadas, mas acredita-se que poderiam incluir mais triagens minuciosas de passageiros e uma verificação mais detalhada de aparelhos eletrônicos e bagagens. As mudanças estão previstas para entrar em vigor nos “próximos dias”. De acordo com a CNN, as mudanças não devem afetar os itens que os passageiros podem levar consigo nos voos. Mas é provável que os passageiros passem por novas inspeções já na semana que vem. O Departamento de Segurança Doméstica não especificou quais aeroportos de quais países serão afetados. Segundo a CNN, os aeroportos alvo de maior preocupação estão na Europa e no Oriente Médio.
A Frente Al Nusra, afiliada da Al-Qaeda na Síria, e a Al Qaeda do Iêmen estariam trabalhando em conjunto para tentar desenvolver explosivos que poderiam evitar a detecção pelos atuais scanners dos aeroportos, reporta a BBC. As revoltas árabes em 2011 deixaram boa parte do território do Iêmen desgovernado, dando a Al Qaeda a oportunidade de entrar e realizar ataques contra posições do governo. Hoje o Iêmen, ao lado do Afeganistão, é um dos poucos países onde os EUA reconhecem estar usando drones para atacarem terroristas.
(Com agência Reuters)