EUA: pacientes terminais poderão fazer tratamentos ainda não aprovados
Donald Trump assinou lei que torna confirmação da agência de saúde americana para novos medicamentos dispensável em casos de iminência de morte
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira um projeto de lei que permite que pacientes com doença terminal realizem tratamentos experimentais ainda não aprovados pelo governo. Com a legislação, os pacientes precisarão apenas da autorização de seu médico e do fabricante do medicamento.
Antes, os americanos que buscassem por tratamentos ainda não aprovados precisavam recorrer à agência de saúde americana, FDA (semelhante à Anvisa brasileira). Com o projeto assinado por Trump, chamado de “Direito de Tentar”, essa aprovação da FDA se torna dispensável.
Com a nova lei, além da autorização do médico e do fabricante do medicamento, os pacientes precisam provar que todos os recursos médicos possíveis já foram aplicados antes de conseguir o direito de utilizar os medicamentos ainda em testes. A intenção é proteger médicos e empresas das implicações legais de testarem novos tratamentos em seres humanos.
Em janeiro, o presidente apelou para o Congresso para passar o projeto. “Pacientes com condições terminais e doença terminal deveriam ter acesso a tratamentos experimentais imediatamente” e “não deveriam ir de país em país procurar uma cura”, afirmou Trump na época.
Críticos do projeto afirmam que a lei pode dar falsas esperanças aos pacientes, já que as empresas podem não necessariamente aceitar fornecer o tratamento solicitado. Em carta dirigida ao presidente do Congresso, Paul Ryan, a líder democrata Nancy Pelosi disse que remover a FDA do processo de aprovação “provavelmente faria mais mal do que bem”.
Para aprovar um medicamento, a FDA realiza uma série de testes que garante a eficácia da droga para aquele tipo de tratamento e a não existência de efeitos colaterais nocivos. O processo de aprovação, no entanto, pode levar anos.