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EUA impõem sanções à Coreia do Norte por morte de Kim Jong-nam

Investigação americana concluiu que o governo norte-coreano foi o mandante do assassinato do meio irmão de Kim Jong-un em 2017 com agente químico

Por Da redação
7 mar 2018, 09h55

O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou novas sanções à Coreia do Norte por causa do assassinato do meio irmão do líder norte-coreano com o agente químico VX. Uma investigação sobre a morte de Kim Jong-nam, concluída no dia 22 de fevereiro, determinou que o governo norte-coreano foi o mandante do assassinato.

A legislação americana determina que quando um país viola a proibição do uso de armas químicas ou biológicas deve ser submetido à proibição de importação de seus produtos. Porém, não se espera que estas novas sanções tenham grande impacto, pois o país já sofre com inúmeras sanções impostas devido aos seus programas nuclear e de mísseis.

“Este desprezo público pelas normas universais contra o uso de armas químicas demonstra uma vez mais a natureza impiedosa da Coreia do Norte e destaca que não podemos nos permitir tolerar um programa norte-coreano de armas de destruição em massa de nenhum tipo”, disse a porta-voz do departamento de Estado, Heather Nauert, em um comunicado. As sanções já começaram a valer na segunda-feira, mas o anúncio só ocorreu nesta terça-feira.

Kim Jong-nam foi morto em fevereiro de 2017 após sofrer um ataque no aeroporto de Kuala Lumpur, na Malásia. O irmão do ditador da Coreia do Norte foi abordado por duas mulheres, e uma delas esfregou um pano contendo uma substância em seu rosto. Jong passou mal, foi socorrido, mas morreu na ambulância.

Investigações conduzidas pela Malásia dias depois concluiu que o meio irmão de Kim Jong-un morreu vítima do agente químico VX, um poderoso agente à base de fósforo que ataca o sistema nervoso. Usada como arma química, a substância pode ser inalada ou penetrar na pele e nos olhos, causando dor de cabeça, náuseas, convulsões e morte. Considerado uma das armas químicas mais letais, o VX é banido pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Kim vivia no território chinês de Macau sob proteção de Pequim e havia falado publicamente contra o controle da dinastia familiar sobre a Coreia do Norte. Deputados sul-coreanos disseram na época que o ditador da Coreia do Norte havia emitido uma “ordem permanente” para o assassinato de seu meu irmão e que houve uma tentativa fracassada em 2012.

”Possível avanço”

O anúncio do governo americano ocorreu no mesmo dia que Kim Jong-un afirmou em encontro com a delegação da Coreia do Sul que estava disposto a parar com os testes com armas nucleares se os Estados Unidos concordasse com conversações. O presidente americano, Donald Trump, chegou a considerar a fala do líder norte-coreano como “possível avanço”, embora se mostrasse desconfiado.

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“Possível progresso sendo feito nas conversas com a Coreia do Norte. Pela primeira vez em muitos anos, um esforço sério está sendo feito por todas as partes envolvidas. O mundo está assistindo e esperando! Pode ser uma esperança falsa, mas os EUA estão prontos para irem com força em qualquer uma dessas direções!”, escreveu

Kim Jong-un afirmou que não precisaria manter suas armas nucleares se as ameaças militares contra o país fossem resolvidas e se recebesse garantias de segurança. O encontro com sul-coreanos foi o primeiro desde que o líder chegou ao poder, em 2011.

(Com agências internacionais)

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