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EUA expulsam diplomatas russos por suposta espionagem 

Decisão envolve 12 membros da missão permanente da Rússia na ONU, em Nova York; Moscou disse que explicações não foram 'satisfatórias'

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 fev 2022, 19h00 - Publicado em 28 fev 2022, 18h52
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  • Representante permanente da Rússia nas Nações Unidas, Vassily Nebenzia, deixa salão sessão especial. 28/02/2022
    Representante permanente da Rússia nas Nações Unidas, Vassily Nebenzia, deixa salão sessão especial. 28/02/2022 (Kena Betancur/AFP)

    Os Estados Unidos pediram para 12 diplomatas russos alocados na missão russa na sede das Nações Unidas em Nova York deixarem o país por suposta participação em “atividades que não estão de acordo com suas responsabilidades e obrigações como diplomatas”. O anúncio foi feito durante encontro do Conselho de Segurança na manhã desta segunda-feira, 28, pelo embaixador Richard Mills, vice-representante americano na ONU.

    Em resposta, o embaixador russo para a ONU, Vassily Nebenzia, afirmou que a explicação de Mills sobre as expulsões não foram “satisfatórias”.

    Segundo a missão dos EUA na organização, os 12 diplomatas russos eram “agentes da inteligência (…) que abusaram de seus privilégios de residência nos EUA ao participarem de atividades de espionagem que são contrárias à nossa segurança nacional”.

    “Estamos tomando essa ação em linha com o acordo da sede. A ação de hoje está em preparação há diversos meses”, disse a porta-voz Olivia Dalton.

    + Como a economia mundial sente os efeitos do ataque de Putin à Ucrânia

    A expulsão foi anunciada por Nebenzia em entrevista nesta segunda-feira, na qual ele disse não saber quais eram os 12 diplomatas que deveriam deixar o país. Ele afirou que autoridades americanas visitaram a missão russa na ONU e entregaram uma carta exigindo que deixassem o país até a próxima segunda-feira, 7 de março.

    “Acabo de receber informação que autoridades dos EUA fizeram outra ação hostil contra a missão russa para as Nações Unidas, em uma grave violação de seus compromissos feitos como país hóspede”, disse Nebenzia.

    A decisão segue o anúncio de duras sanções econômicas do Ocidente contra Moscou pela recente invasão à Ucrânia. No sábado, EUA, França, Alemanha, Itália, Reino Unido e Canadá decidiram banir alguns bancos russos do SWIFT, o sistema de pagamentos que conecta milhares de instituições financeiras em todo o mundo.

    Em comunicado conjunto, divulgado pela Casa Branca, os países também prometem tomar “medidas restritivas que impedirão o Banco Central da Rússia de acionar reservas internacionais de forma a contornar o impacto de nossas sanções” Os magnatas russos também foram atingidos pela medida com restrições de emissão dos chamados “passaportes dourados”, que permitem manobras financeiras capazes de contornar as sanções econômicas.

    Mais tarde, no domingo, a UE anunciou também o fechamento do espaço aéreo para aeronaves pilotadas por russos e o banimento na região da agência oficial de notícias do governo da Rússia.

    Apesar de represálias, incluindo na forma de sanções econômicas, o governo russo já vinha aproveitando o momento para colocar ainda mais  pressão sobre a Ucrânia e o presidente Volodymyr Zelensky, afirmando que a melhor solução para acabar com a crise seria o país desistir de entrar na Otan, principal aliança militar ocidental e grande ponto de atrito entre a Rússia e o Ocidente. 

    Segundo o presidente russo, Vladimir Putin, uma eventual adesão do país vizinho à Otan é uma ameaça não apenas à Rússia, “mas também a todos os países do mundo”. De acordo com ele, uma Ucrânia próxima ao Ocidente pode ocasionar uma guerra para recuperar a Crimeia – território anexado pelo governo russo em 2014 –, levando a um conflito armado. 

    A aliança, por sua vez, afirma que “a relação com a Ucrânia será decidida pelos trinta aliados e pela própria Ucrânia, mais ninguém” e acusa a Rússia de enviar tanques, artilharia e soldados à fronteira para preparar um ataque.

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