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EUA dizem que drones que atacaram a Arábia Saudita partiram do Irã

Sistema de defesa aéreo de Riad não interceptou a ofensiva porque estaria apontado para o Iêmen

Por Da Redação
Atualizado em 17 set 2019, 17h05 - Publicado em 17 set 2019, 16h46
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  • Os Estados Unidos concluíram que a trajetória dos drones utilizados nos ataques contra as refinarias da Saudi Aramco, estatal petrolífera da Arábia Saudita, foram disparados do Irã, informou nesta terça-feira, 17, a CBS News. Cerca de 20 drones e mísseis de cruzeiro partiram do sul do Irã e próximo da fronteira do Kuwait no sábado, 14.

    Na segunda-feira, o governo do Kuwait disse que detectou um drone sobrevoando seu território horas antes do ataque contra os sauditas. A autoria dos ataques foi assumida pelos rebeldes houthis, que afirmou terem disparado a partir de seu território no Iêmen lançado a ofensiva.

    A fonte da CBS News informou que a Arábia Saudita não teve tempo para repelir os ataques porque seu sistema de defesa anti-aéreo estava apontado para o Iêmen na tentativa de evitar novas ações dos rebeldes contra seu território.

    Nos últimos meses, os houthis, que são apoiados pelo Irã, lançaram uma série de ataques contra aeroportos, bases militares, refinarias de petróleo e plantas energéticas. Todos esses ataques, porém, não tiveram a mesma magnitude do que os contra as refinarias da Aramco.

    A Arábia Saudita busca atestar a origem dos ataques junto de outros países aliados para tomar as medidas contra o agressor. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que não deseja uma guerra aberta contra o Irã, mas disse estar “preparado” para defender os interesses de seu país e de seus aliados.

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    O secretário de Estado, Mike Pompeo, foi despachado para a Arábia Saudita para coordenar junto dos sauditas a resposta aos ataques, enquanto Trump, pelo Twitter, disse esperar a orientação de Riad para determinar “sob quais termos” procederá. A cautela que o presidente americano mostra quanto ao Irã pode estar relacionada com a demissão do ex-conselheiro de segurança nacional, John Bolton.

    Em junho, quando a Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC) abateu um drone americano que sobrevoava o Golfo Pérsico, os Estados Unidos aprovaram uma retaliação militar, apoiada por Bolton, numa reunião de emergência na Casa Branca. Porém, estimativas mostravam que 150 pessoas morreriam, fator determinante para Trump voltar atrás minutos antes do início da operação.

    A tensão e o temor de um conflito aberto no Oriente Médio vive seu pior momento desde a saída unilateral dos Estados Unidos em 2018 do acordo nuclear e a reimposição de sanções econômicas contra o Irã.

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