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EUA boicotam homenagem da ONU ao falecido presidente do Irã

Para Washington, Ebrahim Raisi, morto em acidente de helicóptero, não deveria ser glorificado porque estava 'envolvido em abusos de direitos humanos'

Por Da Redação
30 Maio 2024, 13h23
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  • O presidente do Irã, Ebrahim Raisi
    O presidente do Irã, Ebrahim Raisi - 18/06/2021 (Majid Saeedi/Getty Images)

    Os Estados Unidos boicotaram, nesta quinta-feira, 30, uma homenagem das Nações Unidas ao presidente iraniano, Ebrahim Raisi, falecido em um acidente de helicóptero no início do mês. Para Washington, o líder não deveria ser glorificado porque estava “envolvido em numerosos e horríveis abusos dos direitos humanos”, e o organismo mundial precisaria, ao invés disso, apoiar o povo do Irã.

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    Raisi, um clérigo linha dura e ultraconservador, era visto como um potencial sucessor do líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, encarregado de todas as decisões políticas e sociais do Irã. O presidente morreu quando o seu helicóptero caiu numa região montanhosa devido a chuva e neblina perto da fronteira com o Azerbaijão, em 19 de maio.

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    Violações de direitos humanos

    A Assembleia Geral das Nações Unidas, composta por 193 membros, tradicionalmente faz cerimônias para prestar homenagem a qualquer chefe de Estado em exercício no momento da sua morte. Vários países e grupos regionais realizaram discursos durante o tributo de 50 minutos a Raisi.

    “Os Estados Unidos não comparecerão ao evento de homenagem das Nações Unidas ao presidente Raisi de hoje, de forma alguma”, disse Nate Evans, porta-voz da missão americana nas Nações Unidas. “Raisi esteve envolvido em numerosos e horríveis abusos dos direitos humanos, incluindo as execuções extrajudiciais de milhares de presos políticos em 1988. Algumas das piores violações dos direitos humanos já registadas ocorreram durante o seu mandato”, completou.

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    + Quem era Raisi, presidente do Irã morto em acidente de helicóptero

    Quando era um jovem procurador em Teerã, Raisi fez parte de um grupo que supervisionou a execução de pelo menos 5 mil presos políticos na capital em 1988, quando a guerra de oito anos entre Irã com o Iraque estava na reta final, segundo organizações de direitos humanos. O grupo de juízes do qual Raisi fazia parte ficou conhecido como “Comitê da Morte”, enquanto ele ganhou o infame apelido de “carniceiro de Teerã”.

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    A missão iraniana nas Nações Unidas, em Nova York, se recusou a comentar o boicote dos Estados Unidos à cerimônia.

    Homenagens

    Numa breve declaração, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse à Assembleia Geral que Raisi liderou o Irã num momento desafiador para o país, para a região do Oriente Médio e para o mundo.

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    “As Nações Unidas se solidarizam com o povo iraniano e com a busca pela paz, pelo desenvolvimento e pelas liberdades fundamentais”, disse Guterres.

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    + O que a morte de Raisi significa para o Irã, e quem pode sucedê-lo?

    O embaixador do Irã no órgão, Amir Saeid Iravani, refletiu sobre o “profundo impacto” da morte de Raisi e do ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian, que estava com o presidente no helicóptero.

    “Eles não eram apenas figuras de autoridade, mas também um símbolo de esperança, resiliência e do poder duradouro da boa governação e da diplomacia”, disse Iravani. “Continuamos empenhados em defender os princípios de paz, segurança, justiça e multilateralismo que eles apoiaram incansavelmente”.

    O Irã convocou para 28 de junho uma eleição presidencial para substituir Raisi.

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