Estados Unidos estudam sanções contra a Síria
Mortos em ataques contra protestos, que contam até com tanques de guerra, podem passar de 350
Nesta segunda-feira, a Casa Branca anunciou que estuda impôr sanções contra o governo da Síria em resposta aos “ataques brutais” contra os protestos de opositores do regime do ditador Bashar al Assad. Grupos de direitos humanos calculam 350 mortes de civis, provocadas pelas forças de segurança, desde o início das manifestações em Deraa, na metade de março.
“A violência brutal usada pelo governo da Síria contra seu povo é completamente deplorável’, disse o porta-voz do Conselho Nacional de Segurança, Tommy Vietor. “Os EUA estudam as opções disponíveis, inclusive sanções, para responder à repressão e deixar claro que este comportamento é inaceitável”, acrescentou. Foi a primeira vez que autoridades anunciaram retaliações à Síria.
Segundo informações da rede Deutsche Welle, forças leais ao regime de Assad invadiram a cidade de Deraa com tanques de guerra durante a madrugada desta segunda-feira, abrindo fogo contra as casas e causando a morte de pelo menos 25 pessoas. No mesmo dia, a repressão a protestos realizados na mesma cidade, epicentro dos conflitos, deixaram pelo menos cinco mortos.
Os protestos contra o ditador Assad iniciaram em 15 de março e foram recebidos com “soluções militares”, deixando centenas de mortos e feridos. Nesta segunda-feira, o governo sírio fechou a fronteira com a Jordânia, impedindo a fuga de civis dos confrontos de Deraa. Na tentativa de acalmar os opositores, Assad derrubou o estado de emergência que vigorava no país há 50 anos, mas as manifestações continuaram, exigindo a sua saída.