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Espião-chefe dos governos Kirchner confirma reportagem de VEJA

Antonio Stiuso disse, em depoimento à Justiça argentina, que Hugo Chávez, da Venezuela, pressionou o seu país a ajudar no programa nuclear do Irã

Por Da redação
Atualizado em 10 dez 2018, 09h38 - Publicado em 8 mar 2016, 15h56
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  • O ex-chefe de operações da Secretaria de Inteligência de Estado (Side) da Argentina Antonio Stiuso declarou à Justiça Federal de seu país que o procurador federal Alberto Nisman foi assassinado como resultado de uma conspiração coordenada por agentes dos governos da Argentina e do Irã. Segundo Stiuso, em 2007 o presidente venezuelano Hugo Chávez atuou como intermediário e patrocinador de uma reaproximação entre a Argentina e o Irã. O persas esperavam ter acesso aos segredos nucleares argentinos para poder colocar em funcionamento suas usinas e seus projetos militares. Os contatos entre os governantes dos três países para burlar as sanções internacionais foram denunciados por VEJA em março de 2015.

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    A reportagem de VEJA revelou que, no dia 13 de janeiro de 2007, o então presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, pediu ao colega Hugo Chávez que intermediasse um acordo de “vida ou morte” para o Irã. Ahmadinejad esperava que o venezuelano convencesse os argentinos a compartilhar informações de seu programa nuclear.

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    Os detalhes do depoimento de Antonio Stiuso, realizado na semana passada, foram publicados pelo jornal argentino Clarín. Segundo Stiuso, o ex-presidente Néstor Kirchner havia se recusado a se reunir com os iranianos. E a negativa teria levado Chávez – que gozava de prestígio junto aos argentinos – a tentar convencê-lo do contrário. Desde 2005, a Venezuela vinha comprando os títulos da dívida Argentina e, depois do pedido de intermediação feito por Ahmadinejad, o ritmo das compras cresceu de forma exponencial.

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    O espião, que foi o principal colaborador das investigações realizadas por Alberto Nisman sobre o atentado a um centro judaico em Buenos Aires, no início da década de 90, estava desaparecido desde o fim de 2014, quando foi exonerado de suas funções como parte de uma guerra de facções de espiões dentro do governo de Cristina Kirchner.

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    Quando Nisman foi morto, em janeiro de 2015, Stiuso passou a ser citado como peça fundamental para ajudar a esclarecer o crime. No ano passado, a Justiça argentina chegou a pedir à Interpol que expedisse uma ordem internacional de captura contra o ex-agente. Stiuso só retornou ao país no início deste ano. Pessoas próximas afirmam que ele só se sentiu seguro para retornar depois da derrota de Cristina Kirchner nas eleições presidenciais do ano passado.

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