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Escoteiros desafiam regras e usam uniforme em parada gay de Utah

Chefe local havia proibido uso de uniforme porque escoteiros "são neutros" e não apoiam nenhuma causa social ou política. Parada gay foi realizada dias depois da aprovação da entrada de homossexuais na organização

Por Da Redação
4 jun 2013, 19h13

Um grupo de escoteiros desafiou a ordem de um chefe local e usou uniforme na parada gay em Salt Lake City, no estado americano de Utah, no último domingo. Um chefe local havia avisado que o uso do uniforme não era permitido, porque as regras da organização vetam a expressão de qualquer opinião política ou social enquanto o escoteiro estiver vestido com a roupa que identifica a entidade. A parada ocorreu dias depois de uma votação que aprovou a entrada de homossexuais nos grupos de escoteiros, desde que não ocupem cargos de liderança.

“Somos neutros, não apoiamos nenhuma causa social ou política. Esta é nossa posição oficial. Sempre foi assim, não há nada de novo aqui. Não queremos pessoas usando a sua posição nos ‘boy scouts’ para defender os seus pontos de vista”, disse Rick Barnes, chefe do conselho da região de Salt Lake, em entrevista à rede NBC News, antes do evento de domingo. Em um comunicado divulgado depois da parada gay, o porta-voz nacional dos escoteiros americanos, Deron Smith, disse que qualquer tipo de punição deve ser definida pelo conselho local, se for o caso. “Esses indivíduos expressaram uma opinião pessoal e não representam os escoteiros”, diz o texto. “O movimento ensina os jovens que muitas vezes na vida alguém encontra regras com as quais não concorda, mas um escoteiro deve ser obediente. Simplesmente desobedecer uma regra porque você não concorda com ela não é um exemplo para a juventude”.

Incentivo – A ida dos escoteiros à parada gay foi organizada por Peter Brownstein, que atendeu à determinação e não vestiu seu uniforme. No entanto, ele diz ter ficado orgulhoso de ver outras pessoas expondo suas opiniões. “Fui basicamente intimidado a não vestir meu uniforme. Eu infelizmente não estou com ele, mas estou orgulhoso que os outros optaram por usá-lo”, disse a uma afiliada da Fox News. A rede de notícias entrou em contato com o conselho de Great Salt Lake e recebeu a informação de que os escoteiros que usaram uniforme na manifestção não serão banidos.

No dia 23 de maio, mais de 1.400 delegados nacionais do Boy Scouts of America aprovaram a filiação de jovens homossexuais – aprovação alcançada com mais de 60% dos votos. Os que eram contrários à proposta afirmam que o resultado refletiu uma “vitória vazia” dos militantes da causa gay, uma vez que foi mantida a proibição aos adultos homossexuais de servirem como líderes dos escoteiros. A decisão também deixou muitos líderes religiosos e pais descontentes, dando origem a programas alternativos destinados à juventude. Um encontro está marcado para este mês, em Louisville, Kentucky, para discutir a construção do que o organizador, John Stemberger (chefe de um grupo que é contra a admissão de gays entre os escoteiros), chama de uma nova “organização de desenvolvimento de caráter” destinada aos garotos.

A Igreja Mórmom e a Igreja Metodista Unida, duas das maiores dos Estados Unidos, disseram que vão manter o apoio aos escoteiros, mas outras igrejas estão tentando dissolver seus grupos de ‘boy scouts’ para apoiar outras organizações que tenham uma abordagem mais religiosa, informou o jornal The New York Times. Dias depois da votação, o reverendo Ernest Easley, pastor em uma igreja batista em Marietta, na Geórgia, usou o sermão de domingo para pressionar os membros da igreja a transferir seus filhos para outra organização. A igreja de Easley patrocina um grupo de escoteiros desde 1945, mas o pastor diz que não há escolha a não ser deixar a ‘boy scouts’. “Não podemos e não vamos abraçar nenhuma organização que está do lado moralmente oposto ao que a palavra de Deus ensina”, argumenta.

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