A agência humanitária das Nações Unidas, a UNRWA, informou que uma escola gerida pelo órgão na região central da Faixa de Gaza, onde 4.000 pessoas estão abrigadas, foi atingida durante um ataque aéreo israelense nesta terça-feira, 17. O bombardeio matou pelo menos seis pessoas.
Segundo a UNRWA, o incidente ocorreu durante ataques aéreos no campo de refugiados de al-Maghazi. Dezenas de outras pessoas ficaram feridas e acredita-se que os números aumentarão, de acordo com um comunicado da agência.
“Isto é ultrajante e mostra mais uma vez um flagrante desrespeito pela vida dos civis”, acrescenta o comunicado. “Nenhum lugar é seguro mais em Gaza, nem mesmo as instalações da UNRWA”.
+ O que esperar da viagem de Biden a Israel em meio à guerra?
“Pelo menos 4.000 pessoas refugiaram-se nesta escola da UNRWA transformada em abrigo. Eles não tinham e ainda não têm para onde ir”, acrescentou o texto.
Anteriormente, os militares israelenses insistiram que seu alvo não eram civis, acrescentando: “Quando virmos um alvo do Hamas, iremos atrás dele”.
+ Hamas divulga primeiro vídeo de refém na Faixa de Gaza
Pelo menos 1 milhão de pessoas foram deslocadas na Faixa de Gaza, sendo que 600 mil delas deixaram a região norte do território após um alerta do Exército israelense.
Segundo a última atualização do Ministério da Saúde palestino, cerca de 3.000 pessoas foram mortas na Faixa de Gaza desde 7 de outubro, quando o grupo terrorista Hamas lançou um bárbaro ataque contra Israel, matando 1.400 pessoas, que deu início à maior guerra no Oriente Médio em décadas. Outros 12.500 palestinos ficaram feridos.
Além disso, 61 palestinos foram mortos na Cisjordânia, onde vivem em meio a assentamentos judeus, desde o início do conflito.