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ONU critica Israel e Hamas e alerta para crimes cometidos na guerra

Porta-voz do Gabinete dos Direitos Humanos da ONU, Ravina Shamdasani, denunciou o cerco de Israel a Gaza e condenou o sequestro de reféns pelo Hamas

Por Da Redação
Atualizado em 17 out 2023, 12h03 - Publicado em 17 out 2023, 10h18

A porta-voz do Gabinete dos Direitos Humanos das Nações Unidas, Ravina Shamdasani, denunciou nesta terça-feira, 17, tanto Israel quanto o grupo terrorista Hamas pela matança decorrente da guerra, que já dura dez dias. A autoridade criticou o Estado israelense pelo cerco contínuo à Faixa de Gaza e os bombardeios que atingem indiscriminadamente a população civil, enquanto condenou com veemência os atentados do Hamas e clamou pela responsabilização dos autores de mortes e sequestros.

Shamdasani alertou que violações ao direito humanitário internacional estão ocorrendo “diariamente”. Segundo as Nações Unidas, 4.200 pessoas foram mortas e mais de 1 milhão foram deslocadas em 10 dias em Israel e na Faixa de Gaza, que está sitiada e não consegue acessar ajuda humanitária. O número de mortos inclui muitas mulheres e crianças, bem como pelo menos 11 jornalistas palestinos, 28 funcionários médicos e 14 funcionários da ONU

“As operações militares de Israel não mostram sinais de diminuir e o cerco contínuo a Gaza está afetando o abastecimento de água, alimentos, medicamentos e outras necessidades básicas”, disse ela. “Grandes áreas na Faixa de Gaza foram reduzidas a escombros, temos grandes receios sobre o número de vítimas civis nos próximos dias”, acrescentou, afirmando que muitos corpos ainda podem ser encontrados nas ruínas.

“Há indícios diários de violações das leis da guerra e do direito internacional dos direitos humanos”, completou.

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Shamdasani disse que a ONU insta as forças israelenses a evitarem atingir civis e infraestruturas civis. Também pede para não realizarem bombardeios aéreos, ataques indiscriminados ou desproporcionais, e a tomarem precauções para evitar mortes e ferimentos de civis.

Para a porta-voz, os crimes do Hamas, por sua vez, precisam ser condenados. No entanto, a resposta por parte de Israel precisa ser examinada e “cumprir as regras da guerra é uma obrigação a todo momento”.

“Não se pode ter um punição coletiva como resposta aos ataques horríveis [do Hamas]”, disse ela.

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Shamdasani também instou os grupos armados palestinos a libertarem “imediata e incondicionalmente todos os reféns civis e a cessarem o uso de projéteis inerentemente indiscriminados contra Israel”. Há cerca de 199 cativos nas mãos do Hamas.

Os combates começaram quando o Hamas, em 7 de outubro, realizou um ataque surpresa e multifacetado que incluiu o lançamento de ao menos 3.000 foguetes e infiltrações em Israel por terra, mar e ar. Em seguida, os militares israelenses expulsaram os terroristas de seu território e passaram a fazer ataques aéreos contra alvos do Hamas na Faixa de Gaza.

De acordo com o Ministério da Saúde palestino, mais de 2.800 palestinos, incluindo 750 crianças, foram mortos em ataques aéreos israelenses em Gaza. Do outro lado, pelo menos 1.400 israelenses foram mortos no conflito armado em curso.

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