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Equipe suíça é autorizada a investigar morte de Arafat

Os especialistas vão procurar vestígios de polônio 210, uma substância radioativa extremamente tóxica, no corpo do líder palestino

Por Da Redação
24 ago 2012, 11h48

A viúva do ex-presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) Yaser Arafat , Suha, e a direção da organização autorizaram a viagem de especialistas do Instituto de Física de Radiação do Centro Hospitalar Universitário (CHUV), em Lausanne, à Cisjordânia para avaliar a causa da morte do líder.

O advogado Suha em Genebra, Marc Bonnant, explicou que a ideia da investigação partiu dela e que a viúva pretende ir a Ramallah no próximo mês a fim de acompanhar o processo.

A equipe suíça, que aguarda apenas a finalização dos trâmites burocráticos para viajar, irá procurar vestígios de polônio 210, uma substância radioativa extremamente tóxica, nos restos mortais de Arafat. A substância foi encontrada em “quantidade anormal” entre os pertences do líder após sua morte. A análise do corpo deve acontecer em uma segunda missão, caso seja aprovada.

O porta-voz do CHUV, Darcy Christen, explicou que a equipe dispõe de pouco tempo para realizar o processo “porque a capacidade de rastrear polônio diminui 50% a cada 138 dias”. Desde a morte do ex-líder da Autoridade Palestina, em novembro de 2004, aconteceram mais de 20 ciclos.

Envenenamento – A hipótese de que Arafat teria sido envenenado não é nova, mas tomou novo fôlego no início do mês passado, depois que o canal Al Jazira exibiu um documentário sobre uma investigação acerca da morte do líder.

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Mesmo que o crime seja comprovado, será difícil encontrar seus autores e especialistas apontam que a descoberta poderá complicar ainda mais a relação entre Palestina e Israel.

Histórico – Arafat adoeceu em outubro de 2004 em Ramallah, na Cisjordânia. Foi transferido para o hospital militar de Percy, na França, onde morreu em 11 de novembro do mesmo ano. Cerca de 50 médicos, que se revezaram para cuidar do palestino, não foram capazes de indicar a causa da morte. A mulher dele não autorizou uma autópsia. Na época, palestinos afirmavam que o serviço secreto de Israel o havia assassinado. O Comitê da Iniciativa de Paz da Liga Árabe aceitou recentemente, durante reunião em Doha, no Catar, a solicitação da ANP de formar uma comissão internacional para investigar a morte.

O responsável das negociações na ANP, Saeb Erekat, assegurou, na ocasião, que o comitê encarregou o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Araby, de acompanhar a preparação de um relatório penal, médico, político e judicial sobre as circunstâncias da morte de Arafat. “Estamos formando um comitê internacional de investigação e queremos que seja um com alta credibilidade”, acrescentou Erekat.

(Com Agência France-Presse e EFE)

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