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Equador e Reino Unido negociam destino de Julian Assange

Lenín Moreno não concorda com o que o ativista faz e estuda a retirada dele da embaixada equatoriana em Londres

Por Da Redação
Atualizado em 27 set 2018, 22h20 - Publicado em 27 set 2018, 19h56

O destino do fundador do Wikileaks, Julian Assange, está em discussão pelos governos do Equador e do Reino Unido, afirmou o presidente equatoriano, Lenín Moreno, na quarta-feira (26). Ambos os lados trabalham em uma solução legal para que o engenheiro de computação e ciberativista possa deixar a embaixada equatoriana em Londres, onde está asilado há seis anos.

Moreno deixou claro que a presença de Assange na representação diplomática de seu país em Londres gerou constrangimentos para o Equador. Ele afirmou que os advogados de Assange estão cientes das negociações, mas não forneceu outros detalhes.

Assange ganhou fama quando publicou no Wikileaks documentos militares secretos dos Estados Unidos, entregues pelo então soldado Chelsea Manning. Há um mandado de prisão contra ele no Reino Unido por não ter feito o pagamento de uma fiança.

O ativista teme que, caso saia da embaixada do Equador, possa ser extraditado pelo governo britânico para os EUA, onde autoridades de alto escalão indicaram a possibilidade de processá-lo pelo roubo de informações confidenciais. As acusações anteriores de agressão sexual feitas contra ele na Suécia foram retiradas.

Moreno disse que seu país vai trabalhar pela segurança de Assange e preservação de seus direitos humanos, enquanto busca uma maneira de que ele possa sair da embaixada. “Ficar cinco ou seis anos em uma embaixada já viola seus direitos humanos, mas sua presença na embaixada também é um problema”, declarou o presidente.

O governo anterior do Equador concedeu asilo a Assange em 2012, dizendo temer que sua vida estivesse em perigo após a publicação de milhares de telegramas diplomáticos. Vários funcionários do governo americano ficaram em posição difícil depois do colossal vazamento de informações.

Nos últimos dois anos, o acesso do ativista à internet foi suspenso em diversas ocasiões, já que ele continuou a hackear políticos de diferentes países e a fazer declarações controversas por meio de suas contas em redes sociais.

“Eu entendo que ele, atualmente, não tem acesso (à internet) para impedi-lo de fazer isso de novo”, disse Moreno. “Mas, se o senhor Assange prometer parar de emitir opiniões sobre a política de nações amigas, como a Espanha ou os EUA, então não haverá problema.”

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O governo do Equador disse que as atividades de Assange na embaixada, incluindo a publicação de milhares de e-mails de Hillary Clinton antes da eleição presidencial de 2016 nos EUA, comprometeram suas relações com outros países.

“Eu não concordo com o que ele faz”, disse Moreno. “Ver alguém violando o direito das pessoas de se comunicar de maneira privada me faz sentir desconfortável.”

Por sua vez, Assange argumenta que está simplesmente monitorando as ações de alguns dos políticos mais poderosos do mundo e exercendo seu direito à liberdade de expressão.

(Com AP)

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