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Enfraquecidos, republicanos recuperam controle da Câmara dos EUA

O partido conseguiu obter uma maioria estreita contra os democratas, o que significa que qualquer republicano na Câmara pode barrar uma lei

Por Amanda Péchy
Atualizado em 17 nov 2022, 09h32 - Publicado em 17 nov 2022, 09h31

Após semanas de contagem de votos, o Partido Republicano reconquistou o controle da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira, 17, obtendo uma vitória apertada nas midterms – eleição no meio do mandato presidencial nos Estados Unidos – que muitos projetavam ser uma onda vermelha, a cor do partido.

Os republicanos finalmente conquistaram o crucial 218º assento na câmara baixa do Congresso, ultrapassando a metade dos 435 assentos e eliminando o controle dos democratas sobre todo o Congresso. O resultado é prenúncio de que os próximos dois anos do presidente Joe Biden na Casa Branca serão tumultuados por conflitos com deputados federais.

Com a vitória dos republicanos, o mandato da democrata Nancy Pelosi como presidente da Câmara chega ao fim. Ela deve passar o martelo para o líder republicano Kevin McCarthy, que anunciou sua intenção de assumir o cargo.

O controle da Câmara é crucial, pois permite que os republicanos lancem uma série de investigações do Congresso sobre questões que vão desde a saída caótica do exército dos Estados Unidos do Afeganistão, comandada por Biden, até inquéritos sobre as atividades comerciais de Hunter Biden, filho do presidente.

A pequena maioria prevista para os republicanos significa, ainda, que serão necessários apenas alguns rebeldes para impedir qualquer legislação de passar para o Senado – quase como se todos os membros do partido na Câmara tivessem poder de veto. Com a eleição de diversos candidatos da direita radical, incluindo Marjorie Taylor Greene, da Geórgia, isso pode levar à promoção de crenças e medidas extremistas.

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Biden parabenizou McCarthy pela vitória e disse que estava “pronto para trabalhar com os republicanos da Câmara para entregar resultados para as famílias trabalhadoras”.

“As eleições da semana passada demonstraram a força e a resiliência da democracia americana”, acrescentou o presidente. “Houve uma forte rejeição aos candidatos que negam resultados eleitorais, à violência política e intimidação.”

Biden e seu partido esperavam receber uma surra de um eleitorado irritado com a economia e a crise do custo de vida. Mas os democratas fizeram campanhas contra o radicalismo na política, com foco especial no grupo de figuras de extrema direita apoiadas por Donald Trump, alertando sobre ameaças à democracia americana. Eles também foram impulsionados pela reação dos eleitores à perda do direito federal ao aborto, retirado por uma Suprema Corte dominada pelos conservadores.

O resultado foi um choque: os democratas derrotaram muitos candidatos republicanos, até mesmo estrelas apoiadas por Trump, como Mehmet Oz e Doug Mastriano, na Pensilvânia. O partido de Biden manteve o controle do Senado vencendo em swing states – onde o resultado eleitoral costuma variar.

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