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Em tribunal, Ruby protesta e diz que não é prostituta

Jovem se diz vítima de violência psicológica por parte de promotores

Por Da Redação
4 abr 2013, 09h52

A jovem marroquina Karima El Marough, que motivou a abertura do processo por abuso de poder e incitação à prostituição de menores contra o ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi, disse nesta quinta-feira no Tribunal de Milão que não é uma prostituta e que os juízes devem ouvi-la. A jovem, mais conhecida como Ruby, voltou a ratificar a versão de Berlusconi sobre a acusação de que ele teria pago para fazer sexo com a jovem quando ela tinha 17 anos.

“Não tenho do que me envergonhar, peço que seja chamada para depor aos juízes de Mião. Não sou uma prostituta, vocês devem me ouvir. Para atingir Berlusconi, a imprensa fez mal a mim”, afirmou.

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A marroquina, frequentadora das famigeradas festas ‘bunga-bunga’ na casa do ex-premiê, repetiu que que nunca manteve relações sexuais em troca de dinheiro “e jamais com Silvio Berlusconi”. No processo aberto contra Berlusconi pelo chamado Rubygate, a jovem disse que não foi chamada para depor e que ninguém quer escutar sua verdade, “a única possível”. Ela chegou ao tribunal com um cartaz escrito “Caso Ruby: a verdade não os interessa mais?” de um lado e “Quero me defender das mentiras e do preconceito” do outro. Ela deixou o cartaz na porta do tribunal de Milão sem responder às perguntas dos jornalistas.

Diante dos juízes, Ruby leu um comunicado no qual acusou promotores de “violência psicológica” e se definiu como “vítima de um estilo de investigação”. “Fui vítima de um estilo de investigação e de um método de fazer perguntas incessantemente sobre minha intimidade, minhas propensões sexuais, sem levar em conta o transtorno que isso poderia causar a uma moça de 17 anos”, disse.

“A culpa do meu sofrimento é também dos promotores que, movidos por intenções que não correspondem a valores de justiça, me atribuíram a qualificação de prostituta, apesar de sempre ter negado ter mantido relações sexuais pagas e, principalmente, com Silvio Berlusconi”, disse.

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Abuso de poder – Ruby também disse que mentiu ao dizer que era parente do ex-ditador do Egito Hosni Mubarak. “Agora me arrependo da bobagem que fiz ao dizer que era parente de Mubarak”, disse. Em 2010, Ruby foi levada para uma delegacia de Milão por ter cometido um pequeno roubo. A acusação de abuso de poder contra Berlusconi se baseia na ligação que o então primeiro-ministro fez para exigir a libertação de Ruby e na qual argumentou que a menina era sobrinha de Mubarak.

Rodeada pelos jornalistas, ela disse que, na época, não lia jornais e não sabia quem era Berlusconi, mas que hoje compreendeu “que há em curso uma guerra contra Berlusconi e eu fui envolvida, mas eu não quero que minha vida seja destruída”. Ruby contou que os promotores de Milão queriam que ela acusasse o ex-primeiro-ministro. Segundo a jovem, os advogados tinham uma “atitude aparentemente amistosa, que mudou progressivamente quando ficou claro que não acusaria Silvio Berlusconi”. O ex-primeiro-ministro foi internado em um hospital há algumas semanas “por problemas oculares” e seus advogados pediram o adiamento das audiências do caso Ruby no tribunal de Milão.

(Com agência EFE)

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