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Em meio a tensão, Rússia ordena exercício militar perto da Ucrânia

Na região da Crimeia, que estuda referendo para definir separação da Ucrânia, protestos entre população pró-Moscou e pró-Kiev se agravam

Por Da Redação
26 fev 2014, 11h10
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  • (atualizado às 14h37)

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    O presidente russo Vladimir Putin ordenou um exercício de prontidão de combate para suas tropas no Distrito Militar do Oeste. Segundo a agência estatal de notícias russa Interfax, o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, disse que Putin ordenou que o teste começasse às 14 horas de Moscou (7 horas em Brasília) desta quarta-feira. As informações não mencionam a fronteira com Ucrânia, um dos vizinhos a oeste da Rússia, que vem sendo palco de um turbilhão político que culminou na destituição do presidente Viktor Yanukovich, um aliado de Moscou. Só que o Distrito Militar do Oeste inclui justamente a divisa com o país. Segundo a Interfax, Shoigu afirmou que o teste será realizado em dois estágios, e que deve envolver algumas tropas da região central. A previsão é que o exercício termine no dia 3 de março.

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    Rússia questiona legitimidade de governo interino da Ucrânia

    Exercícios militares para testar a prontidão têm sido realizados com regularidade desde que Putin retornou à Presidência, em 2012, mas o momento dessa nova iniciativa chama a atenção pelas implicâncias diplomáticas com relação ao vizinho. O exercício ocorre um dia antes do fim do prazo estabelecido pela autoridades provisórias da Ucrânia para a formação de um governo de unidade nacional. Até o momento, Putin não fez nenhum comentário público sobre a queda do seu aliado Yanukovich, mas seus ministros têm advertido sobre a escalada de violência e nacionalismo no país vizinho. O primeiro-ministro Dimitri Medvedev chegou a questionar a legitimidade do novo governo provisório da Ucrânia.

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    Intervenção – Já ucranianos reclamam da influência russa em questões internas. Nesta quarta-feira foi a vez dos ex-presidentes da Ucrânia, Leonid Kravchuk, Leonid Kuchma e Viktor Yushchenko, denunciarem a intervenção da Rússia nos assuntos internos ucranianos, em particular na península da Crimeia, uma região autônoma habitada em sua maioria por cidadãos de etnia russa.

    “A Rússia, que todo o tempo tacha de “ingerência” nos assuntos internos da Ucrânia os esforços de nossos parceiros internacionais por normalizar a situação por meios pacíficos, recorre agora à intervenção direta na vida política da Crimeia”, afirmam os ex-presidentes em uma declaração conjunta. Segundo eles, as “ideias” dos representantes da Duma (Câmara dos Deputados) da Rússia em torno da convocação de um referendo sobre a unificação da Crimeia à Rússia “devem ser consideradas como uma chamada a destruição da ordem constitucional e da integridade territorial da Ucrânia”.

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    Kravchuk, Kuchma e Yushchenko também assinalaram que as autoridades russas precisam “mostrar respeito pelas decisões do povo e pelas autoridades da Ucrânia (…) tomando consciência das perigosas consequências de qualquer conflito étnico”. Praticamente ao mesmo tempo em que os ex-presidente divulgaram a declaração, a presidente do Senado russo, Valentina Matvienko. Declarou que a Rússia não tem a intenção de se envolver na questão da Crimeia. “A Rússia declarou e insiste em sua postura sobre que não temos direito e não podemos nos intrometer nos assuntos internos de um Estado soberano”.

    Protestos – Enquanto isso, milhares de partidários da Rússia e da Ucrânia realizam protestos em frente à Rada Suprema (Parlamento) da península da Crimeia, que analisa nesta quarta-feira se apoiará as novas autoridade de Kiev. Manifestantes tártaros (pró-Ucrânia) gritam palavras de ordem e procuram impedir a realização da audiência em Simferopol (capital da Crimeia), pois consideram que a maioria pró-Rússia irá propor a separação da região autônoma.

    De acordo com a imprensa local, nas imediações do Parlamento local, onde desde a noite de terça foi hasteada uma bandeira russa, foram registrados distúrbios entre os dois grupos. Pelo menos vinte pessoas ficaram feridas. Segundo a agência Interfax, que citou a secretaria de Saúde da região, um manifestante morreu, aparentemente a causa foi um ataque cardíaco. O presidente do Parlamento, Vladimir Konstantinov, divulgou um comunicado em que afirma serem falsas as alegações de que a Casa vai discutir qualquer assunto relativo à autonomia e que qualquer insinuação nesse sentido é uma “provocação”.

    (Com agências Reuters e France-Presse)

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