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Presidente interino alerta: ‘Separatismo ameaça a Ucrânia’

Após adiar formação de um governo de transição, Turchinov afirmou aos parlamentares que é preciso estar alerta aos perigosos sinais de separatismo

Por Da Redação
25 fev 2014, 07h45

O presidente interino da Ucrânia, Oleksander Turchinov, afirmou nesta terça-feira que, após a destituição do ex-presidente Viktor Yanukovich, o separatismo representa uma séria ameaça ao país. O alerta foi feito em meio aos temores de que se aprofundem as divisões entre o leste pró-Rússia e o oeste pró-Europa. A formação de um governo de transição, inicialmente anunciada para esta terça, foi adiada para quinta, informou Turchinov.

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“Peço que a votação aconteça na quinta-feira”, afirmou Turchinov aos deputados no Parlamento. Ele não revelou o motivo do adiamento. “A decisão deve ser tomada na quinta-feira. Não podemos esperar mais tempo”, disse. “Realizem consultas noite e dia, mas as façam de modo transparente”, completou.

Ainda falando ao Parlamento, Turchinov afirmou que discutirá com agências federais o risco de separatismo em regiões do país com população majoritariamente de ascendência russa. “O separatismo é uma grave ameaça”, salientou.

A Ucrânia tem cerca de 44 milhões de pessoas e um território de mais de 600.000 quilômetros quadrados (área maior que a da França, o maior país da União Europeia). O país vem sendo alvo de uma queda de braço entre UE e Rússia: enquanto os europeus têm interesse em expandir suas fronteiras para o leste e isolar a Rússia, Moscou quer aumentar sua zona de influência e aproximar-se da UE para confrontá-la.

No domingo, Oleksander Turchinov assumiu interinamente a presidência do país após o ex-presidente Viktor Yanukovich abandonar o cargo no sábado e partir de Kiev, a capital do país. Turchinov é braço-direito e confidente da oposicionista e ex-primeira-ministra da Ucrânia, Yulia Tymoshenko, que foi libertada no sábado em um dia de muito drama e intriga que revirou a política no antigo membro da União Soviética. A ex-magnata do gás de 53 anos foi sentenciada em 2011 a sete anos de prisão por um acordo de gás que assinou com a Rússia como primeira-ministra da Ucrânia. A sua libertação define uma possível candidatura à presidência.

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Rússia – Também nesta terça, o chanceler russo, Sergei Lavrov, afirmou que a Ucrânia não pode ser forçada a escolher entre manter laços próximos com a Rússia ou com o Ocidente. O comentário foi o mais recente em uma série de alertas feitos por Moscou à União Europeia e aos Estados Unidos para que não tentem influenciar o futuro do antigo Estado soviético. Lavrov afirmou ainda que o Kremlin não pretende intervir no país vizinho.

“É perigoso e contraproducente tentar forçar a Ucrânia a escolher dentro do princípio: ‘Ou você está conosco ou está contra nós'”, disse Lavrov, em entrevista coletiva conjunta após encontro com o chanceler de Luxemburgo, Jean Asselborn. A Rússia e o Ocidente precisam “usar os contatos com as diferentes forças políticas na Ucrânia para acalmar a situação… e não buscarem vantagens unilaterais num momento em que é necessário o diálogo nacional”, acrescentou Lavrov.

Nesta manhã, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, reuniu-se com o Conselho de Segurança do país para estudar a situação na Ucrânia, informou o Kremlin. “A reunião se centrou fundamentalmente no desenvolvimento da situação na Ucrânia”, declarou o porta-voz de Putin, Dmitri Peskov, sem fornecer mais detalhes.

A chancelaria russa pediu na segunda-feira que todas as partes envolvidas na crise da Ucrânia voltem à legalidade e afastem os “extremistas” que desejam tomar o poder. A declaração da diplomacia russa aconteceu pouco depois do primeiro-ministro Dmitri Medvedev questionar a legitimidade do novo poder ucraniano, nascido das manifestações que derrubaram Yanukovich.

O chanceler francês, Laurent Fabius, disse à emissora de TV France 2 que ninguém está forçando a Ucrânia a fazer uma escolha.

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(Com agência Reuters)

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