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Em meio a denúncias de ‘rebelião’, líder catalão viaja à Bélgica

Carles Puigdemont foi a Bruxelas no mesmo dia que Promotoria Geral da Espanha apresentou denúncias contra ele e outros membros do gabinete

Por Da redação
30 out 2017, 15h25

Acompanhado de membros de seu gabinete, o ex-presidente catalão Carles Puigdemont viajou nesta segunda-feira à Bélgica, no primeiro dia útil após a destituição de todas as lideranças da Catalunha pelo governo espanhol, que interviu na região após o anúncio de sua independência. A viagem do ex-presidente foi noticiada pouco depois de a Promotoria Geral da Espanha apresentar denúncias por rebelião e outros crimes contra ele e integrantes do antigo governo catalão.

Segundo o jornal La Vanguardia, Puigdemont está em Bruxelas e sua presença no país não é motivo de preocupação para o governo espanhol. Fontes do ministério de Interior ouvidas pelo veículo afirmaram que o maior interesse de Madri era de que o antigo líder catalão não desafiasse as ordens do premiê Mariano Rajoy e comparecesse à sede do Executivo catalão em Barcelona. Os oficiais destituídos tiveram a entrada liberada em prédios do governo apenas para buscar pertences pessoais e foram escoltados por policiais.

Na manhã desta segunda-feira, Puigdemont publicou nas redes sociais fotos feitas de um pátio interior da sede do governo catalão, mas não esclareceu se as imagens foram registradas hoje. O responsável pela pasta de Infraestruturas, Obras Públicas e Transportes na Catalunha, Josep Rull, divulgou uma foto trabalhando em seu antigo escritório, mas deixou o local pouco depois.

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Embora o motivo da viagem de Puigdemont não tenha sido divulgado, cogita-se que o ex-presidente catalão possa ter ido à Bélgica em busca de asilo político. Neste domingo, o secretário de Estado de Migração e Asilo da Bélgica, Theo Francken, disse em entrevista à rede de TV belga VTM que não seria “irrealista, diante da situação”, dar refúgio ao líder destituído da Catalunha. A declaração do político, membro do partido independentista flamengo N-VA, foi minimizada pelo primeiro-ministro belga, Charles Michel, que assegurou que o asilo para o ex-presidente catalão “não está em absoluto na ordem do dia” do seu governo.

Rebelião e insurreição

A Promotoria Geral da Espanha apresentou nesta segunda-feira denúncias por rebelião, insurreição, desvio e outros crimes contra os integrantes do destituído governo da região da Catalunha e os membros do Parlamento por impulsionar um processo independentista.

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Em um pronunciamento à imprensa, o procurador-geral José Manuel Maza explicou que a denúncia contra os membros do gabinete catalão será levada à Audiência Nacional, porque nenhum deles conta com fórum especial após terem sido destituídos. As acusações afetam vinte dirigentes do processo defensor da soberania, dos quais quatorze membros do governo destituído, incluindo o ex-conselheiro regional Santi Vila, que renunciou ao cargo antes da votação de declaração da independência. Por sua vez, os membros do Parlamento deverão responder perante o Tribunal Supremo, já que possuem fórum especial.

Eleições

O partido PDeCAT, um dos membros da coalizão que governava a Catalunha, e ao qual pertence o ex-presidente catalão, Carles Puidgemont, anunciou que disputará as eleições regionais de 21 de dezembro, convocadas pelo governo espanhol.

A porta-voz do partido, Marta Pascal, afirmou que a legenda decidiu apresentar-se ao pleito porque é preciso “defender as instituições catalãs”. “Não temos medo das urnas, Mariano Rajoy. Ali nos veremos”, sentenciou Pascal.

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(com agências internacionais) 

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