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Em meio a ameaças, China pede que Taiwan promova ‘reunificação pacífica’

Menos de duas semanas antes da ilha democrática realizar eleições, Pequim classificou incorporação taiwanesa como 'inevitável'

Por Da Redação
2 jan 2024, 10h26

Song Tao, chefe do gabinete de assuntos de Taiwan do governo China, lançou um apelo nesta terça-feira, 2, ao povo da ilha vizinha para promover o processo de “reunificação pacífica” com o território chinês. O pedido, porém, ocorre em meio a crescentes ameaças de Pequim contra a democracia insular e tensões elevadas no Estreito de Taiwan.

“A pátria acabará por ser reunificada, e inevitavelmente será reunificada”, disse Song em comunicado, acrescentando que “este é o desejo comum e a missão comum das pessoas de ambos os lados do Estreito de Taiwan”.

A autoridade chinesa afirmou ainda que o povo de Taiwan deve “promover as relações [com a China] através do Estreito para retornar ao caminho certo do desenvolvimento pacífico e promover o processo de reunificação pacífica da pátria”.

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A mensagem Tao chega menos de duas semanas antes de Taiwan realizar as eleições presidenciais e parlamentares, marcadas para o dia 13 de janeiro. O comunicado também ecoa observações do próprio presidente do país, Xi Jinping, que em seu discurso de Ano Novo afirmou que a “reunificação” da China com Taiwan era inevitável.

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Resistência taiwanesa

O governo de Taiwan rejeita todas as reivindicações da China sobre a sua suposta soberania sobre o território da ilha. Tanto o Partido Democrático Progressista, que está atualmente no poder, como o maior partido da oposição, o Kuomintang, defendem que apenas o povo taiwanês pode decidir o seu futuro.

Pequim ofereceu a Taipei um modelo de autonomia que seguiria a fórmula de “um país, dois sistemas”, mas nenhum dos principais partidos taiwaneses apoiou essa ideia. Song reiterou o apoio do governo chinês à solução, enquanto rejeitou sua oposição à independência formal de Taiwan ou à “interferência de forças externas” – referindo-se a aliados como Estados Unidos e Japão.

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O princípio de “um país, dois sistemas” é o mesmo que se aplica sobre a administração governamental de Hong Kong e de Macau: apesar da prática do socialismo na China continental, as antigas colônias do Reino Unido e de Portugal, respectivamente, poderiam continuar a praticar o capitalismo sob um alto nível de autonomia por 50 anos após a reunificação.

Hong Kong, no entanto, foi alvo de uma lei de segurança nacional chinesa em 2020, que efetivamente colocou a cidade sob domínio completo de Pequim – um sinal de alerta para os taiwaneses.

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Pressão

A mensagem de Tao, porém, não fez qualquer menção às eleições, que o gabinete dos assuntos de Taiwan anteriormente havia classificado como uma “escolha entre a guerra e a paz”, referindo-se à possibilidade do voto em um partido pró-China.

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Diante do pleito, o governo de Xi Jinping aumentou a pressão militar em torno da ilha ao longo de 2023, além de cortar uma série de benefícios tarifários para Taiwan e ameaçar novas formas de sanções econômicas.

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