Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Terremoto deixa 126 mortos na China em meio a temperaturas abaixo de zero

Equipes de emergência lutam contra o tempo e o clima para resgatar pessoas sob os escombros na província de Gansu, no noroeste do país

Por Da Redação
19 dez 2023, 09h12

Um terremoto que atingiu o noroeste da China nesta terça-feira, 19, deixou pelo menos 126 pessoas mortas e centenas de feridos. Equipes de emergência lutam para resgatar sobreviventes sob os escombros em meio a temperaturas abaixo de zero.

O terremoto, que foi o mais mortal em quase uma década no país, abalou o condado de Jishishan, na província de Gansu, danificando casas e estradas. Nesta manhã, a emissora estatal CCTV afirmou que, apenas neste condado, o terremoto matou 113 pessoas, feriu outras 536 e danificou mais de 155.393 casas. Até agora, as equipes de resgate retiraram 67 pessoas dos escombros e fizeram uma operação para retirar outras 685 da província.

Na vizinha Qinghai, mais 13 pessoas morreram e 182 ficaram feridas. Outras 20 ainda desaparecidas.

https://twitter.com/nexta_tv/status/1737062800709574789/video/1

Tremor intenso

O terremoto ocorreu perto da meia-noite, pegando a população de surpresa enquanto muitos estavam dormindo. O sismo teve magnitude 5,9 e profundidade de cerca de 10 km, considerada rasa, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos. O Centro de Redes Terremotos da China (CENC) deu uma leitura ligeiramente mais alta, de magnitude 6,2.

Continua após a publicidade

O epicentro está localizado perto da fronteira entre Gansu e Qinghai, uma região montanhosa no extremo leste do planalto tibetano. De acordo com o CENC, o primeiro tremor foi seguido por nove sismos secundários de magnitude 3 e acima nesta terça. O primeiro terremoto durou quase 20 segundos e chegou a ser sentido na capital da província de Lanzhou, a 102 km de distância.

O fenômeno também cortou o fornecimento de água e eletricidade, bem como serviços de internet e comunicação em algumas áreas, complicando as operações de resgate. Pelo menos 4 mil bombeiros, policiais e soldados foram enviados para a zona do desastre em Gansu, segundo as autoridades locais, juntamente com milhares de tendas, camas dobráveis, colchas e fogueiras portáteis.

Frio cortante

Agora, equipes de emergência lutam contra o tempo e o clima. A CCTV informou nesta terça que a temperatura mais baixa registrada durante a madrugada em Jishishan foi de 14 graus negativos. Wang Duo, um especialista envolvido no resgate, disse ao canal estatal China Newsweek que termômetros baixo de zero representam o “maior desafio” para os resgates, já que encurtam o chamado “período dourado” – as primeiras 72 horas após o desastre – para encontrar sobreviventes.

Grandes áreas da China, incluindo a área onde ocorreu o terremoto, foram assoladas por uma súbita onda de frio nos últimos dias. O norte do país viu as temperaturas a caírem para baixas históricas.

Continua após a publicidade

Nesta terça-feira, o líder chinês, Xi Jinping, instou autoridades a “fazerem tudo” para buscar sobreviventes e tratar feridos, segundo a agência de notícias estatal Xinhua. O Ministério das Finanças e o Ministério de Gestão de Emergências da nação alocaram 200 milhões de yuans (US$ 28 milhões, ou R$ 136,8 milhões) para gestão de danos nas duas províncias atingidas pelo terremoto.

Histórico de abalos sísmicos

A China conhece bem os fortes terramotos, especialmente no sudoeste do país, onde a placa tectônica Euro-Asiática encontra a placa Indiana, uma colisão que criou o imponente Himalaia e o vasto planalto tibetano.

Este foi o terremoto mais mortal no país em quase uma década, de acordo com dados públicos, desde que um sismo na província de Yunnan matou cerca de 600 pessoas em 2014.

A província vizinha Sichuan também presenciou um devastador terremoto de magnitude 7,9 em 2008, que matou cerca de 90 mil pessoas.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.