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Em livro póstumo, editor do ‘Charlie Hebdo’ diz que mídia usa o medo do terrorismo islâmico para vender notícias

Charbonnier foi uma das 12 pessoas mortas durante o ataque à redação da revista francesa, no dia 7 de janeiro

Por Da Redação
17 abr 2015, 18h43
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  • O editor da revista satírica francesa Charlie Hebdo, morto por dois terroristas em janeiro, definiu “islamofobia” como um simples racismo dos tempos modernos em seu livro póstumo, publicado recentemente. Na obra, Stephane Charbonnier, mais conhecido como Charb, condenou jornalistas e políticos por usarem o medo do Islã a seu favor.

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    O livro de 88 páginas, que não contém nenhuma charge, foi publicado na última terça-feira e critica aqueles que demonizam os muçulmanos. “Se um dia todos os muçulmanos na França se converterem para o catolicismo… esses estrangeiros ou franceses de origem francesa ainda seriam vistos como responsáveis por todos os nossos males”, ele escreveu, segundo o jornal Washington Post.

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    Em “Letters to tricksters of Islamophobia who are playing the game of racists”, em tradução literal “Cartas aos malandros da islamophobia que estão jogando o jogo dos racistas”, Charb acusa a mídia de ter popularizado o termo “islamofobia” e de usar o terrorismo islâmico para vender notícias. No entanto, defende a política de sua revista, que busca levar graça ao mundo das religiões. “A sugestão de que você pode rir de tudo, exceto certos aspectos do Islã, porque os muçulmanos são muito mais sensíveis que o resto da população – o que é isso se não discriminação?”, questionou.

    Charbonnier foi uma das 12 pessoas mortas durante o ataque à redação da revista francesa, no dia 7 de janeiro. Os dois atiradores, franceses de descendência argeliana, foram motivados por seu desgosto com as caricaturas publicadas no semanal, que satirizavam o profeta Maomé. O editor passou a receber ameaças desde que começou a publicar suas charges na revista, em 2006. “Um dia, só pelas risadas, eu deveria publicar todas as cartas de ameaças que eu recebi no Charlie Hebdo de católicos e muçulmanos fascistas”, escreveu em seu livro.

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    (Da redação)

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