Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Em Hong Kong, primeiras eleições após protestos devem ocorrer no domingo

Cerca de 4,1 milhões de cidadãos se registraram para votar — um crescimento de 12% em relação ao pleito anterior

Por Caio Mattos Atualizado em 30 jul 2020, 19h34 - Publicado em 22 nov 2019, 20h56

Os eleitores de Hong Kong vão às urnas pela primeira vez desde o início de quase seis meses de protestos na região administrativa especial da China. As eleições para os conselhos distritais, que podem representar aos manifestantes a favor de maior autonomia a Hong Kong mais uma vitória simbólica do que prática, estão previstas para o domingo, 24.

Em disputa, estão 452 de 479 assentos nos conselhos de cada um dos 18 distritos de Hong Kong.  Os conselheiros distritais, que são eleitos totalmente por voto direto, são responsáveis por tratar de questões comunitárias, como coleta de lixo e rota de ônibus públicos. Seu poder é limitado se comparado ao do Conselho Legislativo (LegCo), órgão legislador de Hong Kong.

Os partidos pró-Pequim controlam 17 conselhos e contam com 298 conselheiros distritais desde as últimas eleições, em 2015. No pleito, eles conquistaram 45% de votos a mais que a oposição a favor de maior autoridade política a Hong Kong — 783.000 contra 540.000 — segundo Emma Graham-Harrison, correspondente do jornal britânico The Guardian.

Cerca de 4,1 milhões de eleitores registrados — um crescimento de 12% em relação ao pleito anterior — podem votar. O período para se registrar se encerrou no início de julho, cerca de apenas um mês após os protestos eclodirem, em 9 de junho. Nesse contexto, cerca de 390.000 pessoas se registraram, quase 10% do eleitorado.

Joshua Wong, um dos manifestantes mais repercutidos na imprensa internacional, foi o único candidato a ser barrado de competir na eleição dentre os partidários a favor de maior autonomia a Hong Kong.

Continua após a publicidade

Importância dos conselhos distritais

Além destas serem as primeiras eleições em Hong Kong desde o início dos protestos, os 18 conselhos distritais têm participação no processo de votação indireta que seleciona parte dos representantes do LegCo e os membros do Executivo local.

Apenas metade dos 70 membros do LegCo é eleita por voto direto. Dentre os outros 35 representantes — que são escolhidos por categorias de classes, como a dos agricultores —, os conselhos distritais elegem seis.

Com relação ao governo de Hong Kong, comandado por Carrie Lam desde 2017, os conselheiros distritais selecionam 117 dos 1.200 membros do colégio eleitoral responsável por indicar o chefe do Executivo.

Mesmo que os manifestantes a favor de maior autonomia a Hong Kong assumam a maioria dos conselhos distritais e, por conseguinte, os 117 assentos, “não seria o suficiente para virar a balança no poder do colégio eleitora, mas talvez possa torná-los ‘kingmakers’ (influentes a ponto de decidir a eleição a favor de terceiros)”, disse Graham-Harrison.

Continua após a publicidade

Adiamento

Embora as eleições estejam — até o final da tarde desta sexta-feira, 22 — previstas para o domingo, a hipótese de um possível adiamento foi levantada desde a terceira semana de novembro, pelo menos, após um editorial de um jornal do Partido Comunista da China.

Na segunda-feira 22, o secretário de Assuntos Constitucionais de Hong Kong, Patrick Nip, disse que a violência “reduziu as chances de se realizar as eleições [no domingo]”. Os protestos se agravaram após o estudante Alex Chow se tornar a primeira pessoa a morrer em decorrência dos confrontos entre manifestantes e autoridades, no início de novembro.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.