Em seu primeiro discurso na Cúpula de Líderes do G20, em Nova Delhi, na Índia, neste sábado, 9, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que pretende usar a presidência do Brasil no G20, em 2024, para formar uma força-tarefa global contra as mudanças climáticas.
Lula cobrou os países desenvolvidos por sua responsabilidade no debate sobre o clima, já que são responsáveis pela maior quantidade de emissões. E lembrou que na COP de Copenhague, realizada em 2009, os países ricos prometeram destinar US$ 100 bilhões por ano para ações de mitigação das mudanças climáticas. “Essa promessa nunca foi cumprida. De nada adiantará o mundo rico chegar às COPs do futuro vangloriando-se das suas reduções nas emissões de carbono se as responsabilidades continuarem sendo transferidas para o sul global”, disse ele.
Criticado por não ter visitado o Rio Grande do Sul antes da viagem à Índia, o presidente Lula mencionou a devastação causada por um ciclone tropical na região. “Se não agirmos com sentido de urgência, esses impactos serão irreversíveis”, falou ele sobre o impacto climático.
Neste sábado, o presidente lançará a Aliança Global de Biocombustíveis, ao lado do presidente americano, Joe Biden, e do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi. Trata-se de uma iniciativa que tentará incentivar a adoção do etanol e de outras alternativas renováveis e sustentáveis.
O Brasil assumirá a presidência do bloco de forma temporária após a conclusão do encontro na Índia e deve definir os rumos das discussões climáticas pelos próximos 12 meses.