Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Em Davos, presidente de Israel é alvo de ‘queixas criminais’

Isaac Herzog participou do fórum econômico nesta quinta-feira; promotores suíços querem que processo corra em paralelo ao caso de genocídio em Haia

Por Da Redação
19 jan 2024, 16h20

Promotores da Suíça confirmaram nesta sexta-feira, 19, que o presidente de Israel, Isaac Herzog, foi alvo de queixas criminais durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos. No entanto, países terceiros não detêm de jurisdição penal contra chefes de Estado e de governo de outros países, de forma a impossibilitar que sejam formalmente julgados. A identidade dos denunciantes não foi revelada.

Em comunicado, o gabinete do Procurador-Geral suíço explicou que “as queixas criminais serão agora examinadas de acordo com o procedimento habitual” e que autoridades estão em contato com o Ministério das Relações Exteriores “para examinar a questão da imunidade da pessoa em causa”. O texto também aponta que a prerrogativa presidencial poderia ser revogada “em certas circunstâncias”, como crimes contra a humanidade.

Como indica o direito internacional, a gravidade de alguns crimes supera as fronteiras dos locais em que foram cometidos, permitindo que Estados e organizações internacionais apresentem queixas legais contra os supostos responsáveis a partir do princípio de jurisdição universal. 

O comunicado revela, ainda, que os delatores desejam que o processo corra em paralelo ao caso apresentado à Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, pela África do Sul, que acusa o governo israelense de genocídio. O documento “Ação Legal Contra Crimes Contra a Humanidade” foi recebido por procuradores federais e autoridades cantonais em Basileia, Berna e Zurique, de acordo com a agência de notícias AFP. 

Continua após a publicidade

+ Rebatendo Netanyahu, Abbas diz que ‘não há segurança’ sem Estado palestino

África do Sul x Israel

Em Davos, Herzog contestou a chamada “solução de dois Estados” pela perda de confiança dos israelenses “no processo de paz”, já que o “terror” estaria sendo “glorificado” pelos países vizinhos. Mas o líder israelense disse que não se esquiva da “tragédia humana em Gaza” e que é “doloroso” testemunhar os palestinos “sofrendo tanto”. Ele também defendeu o estreitamento dos laços com a Arábia Saudita e se referiu ao Irã como “império do mal”, pelo financiamento de grupos considerados terroristas por Israel, como o Hamas, o Hezbollah e os hutis do Iêmen.

Até o momento, mais de 24 mil palestinos foram mortos durante a ofensiva militar israelense em Gaza. Em meio à escalada de violência, a África do Sul apresentou uma denúncia formal de genocídio contra o governo de Israel no tribunal de Haia. Na semana passada, Herzog afirmou que não havia “nada mais atroz e absurdo” quanto a ação sul-africana, acrescentando que o caso israelense de “legítima defesa” seria apresentado “com orgulho” aos juízes da corte.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.