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Elizabeth II recebe Theresa May e a oficializa como nova premiê

A nova líder do Partido Conservador tem a missão de conduzir o processo do Brexit. A premiê terá hoje uma reunião com as áreas de segurança e inteligência

Por Diego Braga Norte Atualizado em 13 jul 2016, 17h07 - Publicado em 13 jul 2016, 14h05

A líder do Partido Conservador britânico, Theresa May, foi recebida nesta quarta-feira no Palácio de Buckingham pela rainha Elizabeth II e autorizada a formar governo como nova primeira-ministra do Reino Unido. May, a segunda mulher à frente do governo na história britânica, entrou no palácio pouco depois de David Cameron apresentar à soberana sua renúncia como primeiro-ministro.

A nova premiê, que foi ao Palácio de Buckingham acompanhada de seu marido, Philip John May, antecipou que não tem intenção de ativar, pelo menos até o fim do ano, o artigo 50 do Tratado de Lisboa, que inicia a contagem regressiva de dois anos para tornar efetiva a saída da UE. A sucessora de Cameron descartou que tenha a intenção de convocar eleições gerais antes do término oficial do mandato, em 2020, apesar dos pedidos de partidos da oposição neste sentido.

Até agora titular da pasta do Interior, May foi proclamada líder tory na segunda-feira após uma escolha entre o grupo parlamentar, depois que Cameron anunciou em 24 de junho sua intenção de renunciar pela vitória do Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), no referendo sobre o bloco comum. May, de 59 anos, será a 13ª primeira-ministra do reinado de Elizabeth II desde sua chegada ao trono, em 1952. Na história britânica, ela é a segunda mulher a assumir a chefia de governo – a primeira foi Margaret Thatcher (1979 – 1990).

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Como estabelece o protocolo, o palácio anunciou a chamada Circular da Corte, uma formalidade que se traduz em um aperto de mãos entre a rainha e May, e com a qual fica registrado que o Reino Unido tem um novo chefe do governo. Ao deixar Buckingham, a agora premiê se dirigiu a Downing Street, onde fez seu primeiro discurso no cargo, antes de entrar na residência oficial para começar a nomear seus principais ministros.

May elogiou Cameron por seu legado em causas sociais e afirmou que o Partido Conservador “acredita na união não só das nações do Reino Unido, mas de todos os cidadãos”. “Isso significa lutar contra a injustiça de que, se você nasceu pobre, vai morrer em média nove anos mais cedo que os outros. De que, se você é negro, é tratado com mais rigidez pelo sistema de justiça do que se fosse branco. De que, se você é mulher, vai ganhar menos que um homem”, afirmou a nova chefe britânica. “Ao deixarmos a União Europeia, vamos criar um novo papel positivo no mundo e fazer do Reino Unido um país que funciona não só para poucos privilegiados, mas para todos nós”, finalizou.

A primeira-ministra número 76 do Reino Unido terá hoje à tarde uma reunião com os responsáveis pelas áreas de Segurança e Inteligência do país, e espera-se que designe os titulares de alguns dos ministérios mais importantes do governo.  A nova premiê foi nomeada na segunda-feira como líder da legenda depois que sua única concorrente após uma segunda rodada de votação no processo interno, Andrea Leadsom, desistiu de continuar na disputa. Essa decisão de Leadsom permitiu a May assumir as rédeas do partido e do governo sem necessidade de se submeter a eleições internas entre os 150.000 filiados do partido, como estava previsto.

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