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Élisabeth Borne, primeira-ministra da França, renuncia ao cargo

Segunda mulher a ocupar posto, Borne sai de cena em meio a polêmicas reformas aprovadas pelo governo Macron, que ainda não nomeou substituto

Por Da Redação
8 jan 2024, 16h23

A primeira-ministra da França, Élisabeth Borne, renunciou ao cargo nesta segunda-feira, 8, em meio a uma crise política interna, marcada pela reforma no sistema previdenciário e nas leis imigratórias. Borne tornou-se a segunda mulher a ocupar o posto quando foi nomeada pelo presidente do país, Emmanuel Macron, em maio de 2022. Até o momento, ele não indicou um substituto para vaga.

“Senhora primeira-ministra, querida Elisabeth Borne, o seu trabalho ao serviço da nossa nação tem sido exemplar todos os dias. Você implementou nosso projeto com a coragem, o comprometimento e a determinação das mulheres de Estado. De todo o coração, obrigado”, escreveu Macron no X, antigo Twitter.

Agora, os nomes mais cotados para assumir a cadeira incluem o ministro da Educação, Gabriel Attal, de 34 anos; o ministro da Defesa, Sebastien Lecornu, de 37; ministro das Finanças, Bruno Le Maire, de 54; e o ex-ministro da Agricultura, Julien Denormandie, de 43. A escolha de Attal ou Lecornu representariam um marco histórico, já que qualquer um dos dois se tornaria o premiê mais novo do país.

Segundo a agência de notícias Reuters, a mudança no governo não representa uma alteração de orientação política, mas sim um aceno para o desejo de Macron de avançar nas controversas reformas. Mergulhado em polêmicas, o líder francês está atrás da ultradireitista Marine Le Pen, sua rival na última ida às urnas, nas intenções de voto para as próximas eleições, previstas para 2027.

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+ Após anos de impasse, UE aprova acordo ‘histórico’ de imigração

Motivações para troca

Em 20 de dezembro, o Parlamento francês aprovou uma lei que endurece a política de imigração do país. Tanto o Partido Renascimento, de Macron, quanto o de extrema direita Reagrupamento Nacional, de Marine Le Pen, apoiaram as novas medidas. Frente à chuva de críticas dos políticos de esquerda e ao racha no partido governista, o ministro da Saúde, Aurélien Rousseau, pediu demissão, dando a sugerir profunda discordância com os rumos da administração atual.

Em meio ao caos no partido, Macron prometeu novas iniciativas políticas. A troca de cadeiras também ocorre a cinco meses das eleições para o Parlamento Europeu, composto por 705 eurodeputados que representam as nações pertencentes à União Europeia (UE).

Embora o presidente francês enfrente obstáculos, seus conselheiros acreditam que seus planos mais desafiadores já foram aprovados, ainda que sem maioria absoluta e sem aval da Assembleia Nacional. Após o sinal verde à reforma previdenciária, que aumentou a idade de aposentadoria de 62 para 64 anos, Macron foi alvo de uma série de explosivos protestos. Por agora, seus aliados apontam que restam apenas reformas mais consensuais, como a da Educação e a da eutanásia.

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