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Eleições na França: Macron abre 10 pontos de vantagem sobre Le Pen

Segundo pesquisa, atual presidente francês tem 55% das intenções de voto, mas disputa com rival ultradireitista será acirrada no segundo turno

Por Da Redação
14 abr 2022, 11h02

O presidente e candidato Emmanuel Macron abriu dez pontos de vantagem sobre a ultradireitista Marine Le Pen, segundo a pesquisa Ipsos Sopra Steria divulgada na quarta-feira 13. Apesar da projeção positiva para o atual chefe de Estado, o segundo turno da eleição presidencial da França promete ser mais acirrado do que o pleito de 2017, quando Macron derrotou Le Pen com uma vantagem muito mais expressiva.

Macron, o novato que há cinco anos aglutinou a maioria do país contra o discurso nacionalista de Le Pen e a submeteu a uma derrota acachapante, agora sofre para se manter no topo. Em busca da reeleição, o atual mandatário francês terminou o primeiro turno no último domingo 10 com 27,8% dos votos, enquanto Le Pen conquistou 23,2%. 

Neste cenário acirrado, a abstenção dos eleitores é alvo de preocupação, já que, na França, o voto não é obrigatório. A baixa participação dos eleitores foi destaque no primeiro turno, no qual 26% dos franceses não compareceram à urnas – a maior abstenção em vinte anos.

Na pesquisa mais recente, o presidente tem 55% das intenções de votos no segundo turno, contra 45% de sua rival. Os números apontam que a liderança de Macron não é tão confortável, já que a margem de erro da pesquisa é de 3,2 pontos percentuais.

A pesquisa ouviu 1.693 eleitores nos últimos três dias, que responderam às perguntas pela internet. A metodologia utilizada foi a chamada “rolling poll” (sondagem móvel, em tradução literal), na qual cerca de 500 eleitores são entrevistados por dia.

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Um outro levantamento, realizado pelo Instituto Francês de Opinião Pública (Ifop), aponta um resultado mais apertado, de 53% contra 47%. Na eleição de 2017, Macron derrotou Le Pen com folga, por 66% a 34% dos votos válidos.

Apesar de ameaçador, o avanço de Marine Le Pen ao segundo turno das eleições presidenciais provocou uma reação nos principais candidatos derrotados que pode favorecer Macron. Com o objetivo de frear a representante da exterma-direita, Jean-Luc Mélenchon, declarou que “Não deve ser dado um voto sequer a Le Pen”. O candidato da esquerda ficou ficou em terceiro lugar, com 22% dos votos no primeiro turno.

Em tom similar, a conservadora Valérie Pécresse pediu que seus eleitores direcionassem seus votos ao atual presidente no segundo turno. Segundo a candidata, a chegada de Le Pen ao poder resultaria em “consequências potencialmente desastrosas” para o país e para as gerações futuras.

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Quem se manifestou claramente a favor de Le Pen foi o polêmico ultradireitista Éric Zemmour, que recebeu 7,2 % dos votos no primeiro turno. Zemmour criticou a postura de Macron em relação à questões de imigração e segurança, temas valiosos na eleição passada. A adversária de Macron é impulsionada também por uma base que vê o atual presidente como um líder fraco.

Há ainda a rejeição de parte dos eleitores ao presidente, que foi criticado por ter dedicado tempo em demasia a tratar da invasão da Ucrânia pela Rússia, postura que julgava poder ajudá-lo a se reeleger.

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Agradecendo os votos no primeiro turno, Macron afirmou ser a opção de “uma França integrada a uma Europa forte”, em contraposição a “uma França fora da Europa, que tenha como única aliada a a Internacional populista e xenofóbica”.

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