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Eleição presidencial apontará sucessor de Ahmadinejad

São seis candidatos na disputa por função que passa longe das decisões sobre temas primordiais como o programa nuclear

Por Da Redação
13 jun 2013, 23h06
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  • As eleições presidenciais no Irã nesta sexta-feira vão apontar o sucessor de Mahmoud Ahmadinejad, que ocupou ao longo de dois mandatos nos últimos oito anos. O novo presidente pode mudar o tom agressivo com que Ahmadinejad desconcertou o mundo e aumentou o isolamento do país, mas não se engane, o poder continuará concentrado nas mãos do grão-aiatolá Ali Khamenei. O regime já tratou de tirar da disputa qualquer figura com visão contrária, a ponto de resumir a oito as quase 700 candidaturas apresentadas. Dois candidatos desistiram às vésperas do pleito, que terá seis nomes – apenas um deles se apresenta como moderado. O presidente é a figura pública mais graduada do país, mas questões cruciais relacionadas ao programa nuclear ou ao apoio ao regime de Bashar Assad na Síria são decididas por Khamenei.

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    Entre as candidaturas rejeitadas está a de Akbar Hashemi Rafsanjani, presidente de 1989 a 1997 e candidato derrotado em 2005. Ele foi um líder pragmático, que manteve a linha dura religiosa mas promoveu uma certa abertura econômica. Rafsanjani apoia Hassan Rohani, único nome do campo que se proclama reformista e um dos três principais na disputa, ao lado do ultraconservador Saeed Jalili, tido como preferido de Khamenei, e do prefeito de Teerã, Mohamad Bagher Qalibaf. Recentemente veio à tona uma gravação na qual Qalibaf admite ter tido papel ativo na repressão aos protestos em massa que se seguiram às eleições de 2009. Naquele ano, os jovens saíram às ruas para denunciar fraude na reeleição de Ahmadinejad e também para pedir igualdade entre homens e mulheres, mais acesso à internet, mais livros e liberdade de empreender. Uma questão em aberto para este ano está relacionada à participação do eleitorado.

    O pleito desta sexta é o primeiro desde 2009. A campanha encerrada nesta quinta teve segurança reforçada e foi tímida em comparação com as manifestações eufóricas que precederam a votação de quatro anos atrás. Uma questão em jogo é saber qual será a participação do eleitorado. O líder supremo pediu que os eleitores compareçam aos locais de votação para “frustrar os inimigos que não acreditam na democracia do Irã” – uma participação alta serviria para legitimar o sistema islâmico. O comparecimento dependerá em grande medida dos reformistas. “As pessoas não estão ansiosas para votar, mas estão preocupadas com quem será eleito”, disse Zoha, uma estudante de 28 anos, à agência Reuters. “Eu vou votar em Rohani. Só vou votar porque isso pode ajudar a evitar que alguém como Jalili seja eleito. Ele é um linha dura que só vai tirar ainda mais nossa liberdade”.

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    Mesmo a classificação ‘reformista’, no entanto, pouco traduz o cenário iraniano. Em um artigo publicado no site da rede Al Jazeera, Reza Marashi, diretor de pesquisa no Conselho Nacional Iraniano dos Estados Unidos, ressaltou como as divisões políticas no país são volúveis. “O que é um reformista se o sistema não permite reforma? O que é um pragmático se pragmatismo é visto como insubordinação? O que é um principialista se o sistema rejeita princípios fundamentais que milhões de eleitores demonstraram preferir?”.

    Mais de 50 milhões de iranianos são aptos a votar, sendo que aproximadamente 1,6 milhão votarão pela primeira vez. O voto poderá ser registrado ao longo de dez horas – período que poderá ser ampliado, se necessário. Se nenhum candidato conseguir mais de 50% dos votos, os dois mais votados disputarão o segundo turno daqui a uma semana.

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