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Irã pretende acelerar atividade nuclear, diz ONU

Ex-presidente barrado de eleições chama políticos iranianos de ignorantes

Por Da Redação
23 Maio 2013, 11h01

O Irã está tentando acelerar o programa de enriquecimento de urânio do país, apontou um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da ONU, na quarta-feira. Porém, especialistas disseram que não está claro quando as novas máquinas iranianas poderiam começar a operar de forma eficiente e como funcionarão.

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O progresso da República Islâmica na introdução de centrífugas de próxima geração é acompanhado de perto por potências ocidentais e Israel, pois permitiria que Teerã acelerasse o acúmulo de material que poderia ser usado para construir bombas atômicas. O Irã nega ter esse objetivo.

Há anos o Irã tenta desenvolver centrífugas mais avançadas do que as problemáticas máquinas IR-1, dos anos 1970, mas a implantação de novos modelos tem sido marcada por problemas técnicos e dificuldades na obtenção de peças no exterior. O país agora está avançando na instalação de uma versão mais eficiente, conhecida como IR-2, em sua principal usina de enriquecimento, perto da cidade central de Natanz, segundo o relatório da AIEA.

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O Irã também colocou em prática outro tipo de centrífuga, a IR-5, pela primeira vez em um centro de pesquisa e desenvolvimento em Natanz, juntando-se a outros cinco que estão sendo testados lá, acrescentou o relatório emitido aos estados-membros na noite de quarta-feira.

Em resposta, a União Europeia (UE) disse nesta quinta-feira que a expansão de atividades nucleares sensíveis no Irã viola resoluções da ONU e agrava as dúvidas sobre o caráter pacífico do programa atômico iraniano. “O relatório agrava ainda mais as preocupações existentes sobre a natureza exclusivamente pacífica do programa nuclear iraniano”, disse um porta-voz da chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton, que representa seis potências mundiais em negociações com a República Islâmica.

Política – A poucas semanas das eleições presidenciais, o Irã enfrenta uma crise política marcada pelo extremismo islâmico. O ex-presidente iraniano Akbar Hashemi Rafsanjani acusou nesta quinta-feira a liderança do Irã de incompetência e ignorância, poucos dias depois de ter sido impedido de concorrer na eleição no próximo mês.

“Acho que o país não poderia ter sido pior governado, mesmo se houvesse planejamento com antecedência”, disse Rafsanjani aos membros de sua equipe de campanha. “Eu não quero rebaixar-me à propaganda e ataques deles, mas a ignorância é preocupante. Será que eles não entendem o que estão fazendo?”

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Os comentários de Rafsanjani se somam ao conflito político entre os aliados aos grupos de liderança e a oposição, que foi marginalizada desde a agitação pós-eleitoral em 2009. Antes de ser desqualificado para a eleição presidencial do próximo mês, Rafsanjani, de 78 anos, ganhou muito destaque em uma eleição que muitos acreditam ser uma corrida entre candidatos linha-dura. Ele atraiu o apoio de grupos reformistas, cujos líderes haviam contestado a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad.

Rafsanjani disse que as experiências de reconstrução do país após a guerra entre o Irã e Iraque eram necessárias agora. Ele foi eleito presidente em 1989, um ano após o fim da guerra, e seu governo passou a ser chamado “governo da reconstrução”, numa época em que a reconstrução econômica e a reforma reergueram o Irã. Analistas dizem que Rafsanjani foi desqualificado para a eleição porque sua campanha já havia se tornado muito popular e ele foi considerado uma ameaça para os extremistas no poder da República Islâmica.

(Com agência Reuters)

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