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Durante fuga de armênios étnicos, explosão mata 125 em Nagorno-Karabakh

Incidente ocorre enquanto o número de refugiados bate os 19 mil na Armênia depois do Azerbaijão tomar o controle da região no Cáucaso

Por Da Redação
Atualizado em 26 set 2023, 15h40 - Publicado em 26 set 2023, 14h52

Uma explosão num depósito de combustível na região de Nagorno-Karabakh, no sul do Cáucaso, deixou pelo menos 125 mortos e feriu outras centenas de pessoas, disseram as autoridades locais nesta terça-feira, 26. Quase 300 pessoas foram internadas em hospitais, e dezenas delas estão em estado crítico.

A região está no centro de um longo conflito entre a Armênia e o Azerbaijão. Os dois países já travaram duas guerras por este enclave, de maioria armênia mas reconhecido como parte do Azerbaijão, cujo exército invadiu e bombardeou o território na semana passada.

Autoridades locais afirmaram que os médicos e equipes de emergência estão trabalhando em “condições difíceis e apertadas” para salvar os feridos na explosão do depósito de combustível, acrescentando que os hospitais estavam tratando 290 pacientes com vários graus de queimaduras. Ao menos 13 corpos não identificados foram encontrados no local da explosão e mais sete morreram no hospital.

O Ministério da Saúde armênio disse que iria enviar helicópteros para retirar pacientes dos sobrecarregados hospitais da região. O Azerbaijão também declarou ter enviado suprimentos médicos.

Ainda não está claro o que causou o incidente na noite de segunda-feira 25, perto da principal cidade de Khankendi, conhecida como Stepanakert pelos armênios. A região disputada abriga cerca de 120 mil armênios étnicos e a explosão aconteceu no momento em que o governo armênio disse que recebeu 19 mil refugiados vindos de lá desde que as forças locais se renderam ao Azerbaijão.

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+ Tensão no Cáucaso continua apesar de cessar-fogo do Azerbaijão; Entenda

O primeiro-ministro da Armênia, Nikol Pashinyan, declarou que uma limpeza étnica estaria “em curso” na região. Porém, o Azerbaijão disse que quer reintegrar a etnia armênia como “cidadãos iguais”.

A única estrada que liga a Armênia à região continua travada com centenas de carros, devido à fuga de armênios étnicos que tentam chegar à cidade de Goris, do outro lado da fronteira. Os postos de gasolina também ficaram sobrecarregados em Karabakh, que já sofria de escassez de combustível após um bloqueio que dura meses.

Na praça principal de Goris, voluntários distribuem alguns alimentos básicos e cobertores para as pessoas que fugiram depois que o Azerbaijão lançou um ataque relâmpago para assumir o controle de Karabakh na semana passada.

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+ Azerbaijão anuncia operação em região disputada com a Armênia

Depois da rendição das forças armadas de Karabakh, mediante um acordo de cessar-fogo para proteger os civis, as autoridades locais orientaram que a população partisse para a Armênia, por segurança.

Até o momento, o Azerbaijão permitiu apenas uma entrega de 70 toneladas de alimentos desde que os separatistas aceitaram o cessar-fogo. Além disso, o governo também anunciou que mandaria 40 toneladas de farinha e produtos de higiene para o enclave. Porém, líderes locais armênios relataram que milhares de pessoas estão sem comida ou abrigo e dormindo em porões, escolas ou na rua.

Com o objetivo de colocar fim na tensões da região, enviados da Armênia e do Azerbaijão vão se reunir em Bruxelas para negociações apoiadas pela União Europeia. É a primeira vez que os dois países realizarão reuniões diplomáticas desde que o Azerbaijão tomou Karabakh.

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