As três cubanas que sobreviveram ao acidente aéreo em Havana, em Cuba, que deixou 110 mortos, têm “um alto risco de complicações. Duas delas apresentam prognóstico “desfavorável”, informou nesta segunda-feira (21) uma autoridade médica.
“As três pacientes continuam em um estado extremamente crítico, com alto risco de complicações”, declarou à imprensa o médico Carlos Alberto Martínez, diretor do hospital Calixto García, onde são atendidas.
Martinez mudou de “reservado” para “desfavorável” o prognóstico médico de Grettel Landrovell, de 23 anos, que apresenta “traumatismo cranioencefálico grave” e “dano neurológico grave”. Também é “desfavorável” a situação de Emiley Sánchez (39), que tem queimaduras em 41% de seu corpo (34% delas são profundas).
As pacientes apresentam lesões graves, como traumatismo cranioencefálico, múltiplas fraturas de ossos longos, lesões nas cavidades torácica e abdominal e queimaduras. No sábado, Martínez havia informado que Emiley estava “consciente e comunicativa”.
A terceira sobrevivente foi identificada como Mailén Díaz, de 19 anos, que permanece com um prognóstico reservado.
Martínez considerou positivo o fato de que a equipe médica que as atende conseguiu mantê-las “vivas 72 horas” após o acidente, mas ressaltou que “os problemas que elas apresentam são de alta severidade”.
Ele alertou sobre “a possibilidade de surgimento de complicações que podem ofuscar o prognóstico médico” das três mulheres, que já passaram por várias cirurgias.
O Boeing 737-200 em que as três mulheres viajavam ia de Havana para Holguín (leste) e caiu ao meio-dia de sexta-feira (18), quando tinha acabado de decolar do aeroporto internacional na capital cubana, com um saldo de 110 mortos.
A aeronave, operada pela estatal Cubana de Aviación, pertencia à companhia mexicana Damojh (Global Air). O governo cubano conduz uma investigação e já identificou 33 dos mortos, alguns dos quais já foram enterrados em suas respectivas províncias. A maioria das vítimas era de Holguín.
(Com AFP)